O Brasil precisa de Lula
A chamada terceira via segue em uma disputa acirrada pelo terceiro lugar. Sem um nome competitivo, sem unidade, sem capacidade de mobilização, sem argumentos para superar o antibolsonarismo tardio, porque todos os pré-candidados fizeram campanha e apoiaram Bolsonaro ou se omitiram, e seguem sem divergir da agenda econômica neoliberal do golpe e de Bolsonaro-Guedes.
A pobreza já atinge 30% da população, o desemprego e o desalento são parte da vida de mais de 20 milhões de brasileiros e a inflação para os mais pobres já comprometeu 21% da renda dos mais pobres, sem falar no espantoso aumento dos preços dos combustíveis e da energia, com o risco crescente de um severo racionamento. A miséria e a fome estão por toda parte, agravadas pela falta de políticas sociais de proteção, que foram ou estão sendo retiradas.
A pesquisa também indica um larga vantagem de Lula na corrida presidencial do ano que vem. O petista tem entre 42% e 44% das intenções de votos a depender do cenário testado . Na 2º turno, Lula derrotaria qualquer outro candidato e contra Bolsonaro, por exemplo, vence por 56% contra 31%. Outro dado relevante é que Bolsonaro aparece com o maior índice de rejeição entre todos os candidatos, 59%.
Mas, a vitória de Lula nas urnas passa, primeiro, pela garantia do processo eleitoral brasileiro. Por isso, começa a se formar uma ampla unidade dos progressistas e democratas, que tem como centro tático a defesa da democracia e do impeachment de Bolsonaro. As mobilizações populares, que contam com adesão de PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade, além das centrais sindicais, das entidades do campo popular e dos movimentos sociais, irão culminar em dois grandes atos, nos dias 2 de outubro e 15 de novembro.
