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Você sabe de onde vem a cuia do tacacá?

Você sabe de onde vem a cuia do tacacá?
Ouvimos rumores de que neste fim de semana chegará uma friagem aqui em Rio Branco, e a gente sabe que quando bate um ventinho, vocês já correm para tomar tacacá, né?!
Da página do Sérgio de Carvalho no Facebook

Pensando nisso, nosso Patrimônio Curioso te traz uma informação bem legal: você sabe de onde vem a cuia do tacacá? Então, ela é feita a partir de uma planta chamada Crescentia Cujete, popularmente conhecida como Cabaça, Coité ou Árvore-de-Cuia. De acordo com a tradição, a confecção é 100% artesanal e feita desde o século XVII, pelas mãos das populações nativas.

Já a árvore que provém o produto pode alcançar até 12 metros de altura e passa o ano inteiro dando frutos, que quando maduros, apresentam coloração marrom e são bastante resistentes, sendo utilizadas também para fazer caixa de ressonância em berimbaus (instrumento musical afro-brasileiro), utensílios domésticos e até mesmo artigos de moda.

Depois da colheita, o fruto é partido ao meio e passa por um longo processo de secagem por mais ou menos três dias. Depois, fica novamente dentro d’água por mais alguns dias para amolecer – isso para facilitar o processo seguinte: o de raspagem. Logo após, é feito o lixamento da cuia, onde são usadas escamas do pirarucu e folhas da embaúba.

O processo seguinte é o de tingimento, no qual são utilizados pincéis feitos de penas de galinhas. Já o pigmento utilizado para dar aquela coloração escura é extraído de uma árvore chamada Cumaté. Por último, a cuia permanece por dez horas em cima de brasa e gravetos.

Antigamente, na combustão usava-se urina humana, com o objetivo de acelerar o processo responsável pela fixação da coloração. Após esse processo, eram lavadas com água corrente e ervas cheirosas. Ainda bem que essa parte mudou, né?!

Fato é que muitas pessoas acreditam que o tacacá fica muito mais gostoso servido na cuia do que em qualquer outro utensílio. E você, o que acha?

Texto: Patrimônio Histórico Cultural de Rio Branco –  Foto: Alberto Ferreira – FGB


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