Anne Moura: PT reelege Secretária Nacional de Mulheres

Anne Moura é reeleita Secretária Nacional de Mulheres do PT

Por Ana Clara Ferrari – Agência Todas via  PT Nacional

Anne Moura foi reeleita para a próxima gestão da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, 2022-2025, com 1325 votos. Potência e emoção marcaram o clima do segundo e último dia do 13º Encontro Nacional de Mulheres do PT. Foram 1882 delegadas que participaram do processo democrático do maior partido de da América Latina.
“O resultado das resoluções é o compromisso com aquilo que nos une. É uma vitória das mulheres do PT. Para quem veio da , chegar até aqui não é fácil, é uma caminhada longa”, afirmou Anne Moura, manaura, reforçando suas .
A partir de um processo de intensos debates, organização partidária e tecnologia, as mulheres do PT do país inteiro puderam compartilhar vivências, experiências e elaborações políticas na construção de um país mais justo, solidário e humano.

“Veja o exemplo: numa sexta-feira, 9 horas da noite , setecentas mulheres votando e decidindo qual era a tese guia. Isso nem em encontro presencial. Tinha gente com ligado, lavando roupa, cuidando de criança, em trabalhos remunerados, participando ativamente do Encontro Nacional e votando para eleger a nova gestão”, afirmou Sonia Braga, Secretária Nacional de Organização do PT.

Neste segundo dia, as delegadas foram organizadas em grupos que debateram os seguintes eixos: “Relação com os movimentos sociais, mobilização do PT e a renovação da ação partidária na perspectiva das mulheres”, “Mulheres e partidária na participação objetiva das mulheres na política”, e “ Contra a mulher”.
A deputada federal, Benedita da , esteve presencialmente no evento e saudou as delegadas e companheiras de organização do Encontro. A parlamentar fez uma leitura da conjuntura que aflige as trabalhadoras do país, principalmente as mulheres negras e .
O 13º Encontro Nacional do PT também contou com um evento que demarcou o respeito ao da construção feminista no PT, por meio do lançamento do projeto “História Oral”.  O Encontro não só debateu a preparação da militância petista para o próximo período, mas também resgatou o caminho que foi pavimentado até aqui.
“A nossa história não começa quando a gente senta na secretaria ou quando começa uma gestão. É importante saber o caminho que foi trilhado até aqui e todas as mulheres envolvidas”, afirmou Anne Moura.
A partir da tese eleita “ é no Plural” e da consolidação da chapa homônima e a recondução de Anne Moura para a gestão da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, o partido se fortalece ainda mais no enfrentamento às crises econômica, sanitária, social e política; e avança na elaboração dos eixos de reconstrução do país — a partir da centralidade das mulheres nas políticas públicas.

“A nossa disputa termina hoje. O que nos une é muito maior e quem precisa de nós está fora das paredes do partido. E agora, mais do que nunca, vamos eleger Lula presidente”, finalizou a secretária reeleita.

 

anne moura reconduzida

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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