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Aplicativo ajuda a economizar na compra de medicamentos

Gratuito e colaborativo, sistema cruza em seu banco de dados a tabela PMC (Preço Máximo ao Consumidor) do Ministério da Saúde para medicamentos e os menores valores praticados na região do consumidor. Com isto, ele tem em suas mãos uma referência para negociar com a farmácia.

Quando o assunto é medicamentos, a pesquisa é uma ferramenta fundamental para quem quer economizar. A variação de preço pode chegar a 400%, segundo o Instituto de , e Qualidade (ICTQ). O problema é que nem sempre as pessoas dispõem de para efetuar a compra de um item que muitas vezes pede urgência. Mas um grupo de amigos conseguiu criar uma solução perfeita para resolver esta situação e desenvolveram o MediPreço um aplicativo para , gratuito, que mostra a variação de preços de um específico em todo .

E tudo funciona de uma maneira muito simples e clara para o usuário. Basta que ele fotografe na farmácia o código de barras por meio do aplicativo, que o sistema busca o valor máximo permitido para aquele medicamento e o menor valor da região, já que o sistema age com geolocalização. No banco de dados estão 25 mil medicamentos em 70 mil farmácias pelo Brasil. Com isto, o consumidor passa a ter o poder de barganhar com o atendente um desconto.

“O MediPreço atende o usuário na hora que mais precisa. Quem vai à farmácia, muitas vezes se encontra em uma situação de fragilidade, seja por uma enfermidade urgente ou por uma doença que precisa de atenção e controle”, destaca Gregório Salles, um dos criadores da ferramenta.

A base de dados vem tanto da tabela do Ministério da que impõe o teto que pode ser praticado no país. Além disso, conta com a colaboratividade dos 343 mil usuários que postam quanto que pagaram, criando uma rede atualizada em tempo real dos valores praticados. “Sempre que você posta está ajudando outras pessoas que dependem daquele medicamento. Além disso, cria-se uma rede de fiscalização para impedir a cobrança de valores abusivos”, ressalta Alexandre Máximo, também desenvolvedor do MediPreço.

Usuário do MediPreço, Marco Resende adotou de vez a plataforma há alguns meses. O especialista em tecnologia da faz uso de um medicamento contínuo, o maleato de enalapril, que segundo ele costumava pagar cerca de R$ 32, agora tem comprado por R$ 17, R$ 16 e até por R$ 15, uma de mais de 50%. “Por me dar um referencial, tenho conseguido negociar na farmácia os valores e conseguido bons descontos. Gostei tanto que toda vez que compro um remédio agora, eu posto quanto paguei”, explica.

Fonte: Prezz Comunicação

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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