Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

Brasil apresentará resolução que pede cessar-fogo

apresentará resolução que pede cessar-

À frente do Conselho de da ONU, país busca equilíbrio fino para aprovar documento com o objetivo de estabelecer medidas relativas ao conflito entre Hamas e

Por Portal Vermelho

Na busca por soluções para os conflitos envolvendo o Hamas e Israel, o Brasil, que ocupa a presidência do Conselho de Segurança da ONU em outubro, está tentando fechar uma proposta consensual de resolução que responda aos interesses de palestinos, israelenses e potências internacionais.

Ao mesmo em que condena os “ataques terroristas do Hamas” e pede a libertação dos reféns israelenses, o texto deverá fazer um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu não dê prosseguimento ao ultimato para que palestinos saiam da Faixa de . Também pede a criação de um “cessar-fogo humanitário” e o acesso às agências da ONU às populações mais necessitadas. As informações foram publicadas pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, e confirmadas por O Globo.

A intenção do Itamaraty é costurar uma redação capaz de angariar o apoio dos , Reino Unido e França — aliados de Israel —, além de Rússia, China e dos dois povos diretamente envolvidos. Segundo noticiado, a ideia é conseguir o equilíbrio fino entre a condenação aos atos do Hamas, a fim de obter o aval dos que se alinham a Israel e, ao mesmo tempo, cobrar medidas do governo de Tel Aviv para contemplar as posições de Rússia e China.

A versão mais recente do texto mencionado pede, ainda, o fim de medidas que levem à privação de itens básicos à sobrevivência das populações, tais como água, alimentos, suprimentos médicos, eletricidade e combustíveis. Além disso, salienta a importância de um mecanismo humanitário para a redução de conflitos e a necessidade de se evitar que o situação se alastre pela região, pedindo a todas as partes neste sentido.

O texto final, que está passando por consultas internas, poderá ser apresentado ao Conselho de Segurança ainda nesta segunda-feira (16). Para que seja aprovada, a proposta de resolução precisará de nove votos de um total de 15 membros do Conselho — Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França são membros permanentes e têm poder de veto, o que impõe a necessidade de acomodar diferentes posições em relação à atual .

Chade lembra que “a missão brasileira é das mais complicadas. Segundo diplomatas, nenhuma resolução é aprovada no Conselho de Segurança da ONU sobre a questão desde 2016”.

Com agências

Fonte: Portal Vermelho Capa: Ricardo Stuckert


[smartslider3 slider=43]

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA

[instagram-feed]