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Brasília: presidente presente em novo ato golpista com ataques ao Supremo

: presidente presente em novo ato golpista com ataques ao Supremo

No momento em que Jair Bolsonaro e seus filhos são investigados por interferência na Polícia Federal e disparo de , ele voltou a participar, sem máscara, de um ato contra as instituições, revelando novamente desprezo pela e contrariando recomendações da OMS. Internautas não perdoaram.

Bolsonaro participa de novo ato golpista com ataques ao STF

Redação 247 – Jair Bolsonaro se encontrou com apoiadores neste domingo (31), em Brasília (DF), sem o uso de máscara, contrariando recomendações da Organização Mundial da (OMS), que pede o distanciamento social para diminuir a propagação do coronavírus. Alguns manifestantes carregam faixas com dizeres contra o Supremo Tribunal Federal.
Em live transmitida em suas , Bolsonaro também pegou uma no colo.
No Distrito Federal o uso de máscara contra a é obrigatório. Quem for pego sem máscaras em poderá ser autuado e multado a partir de R$ 2 mil.
A presença de Bolsonaro em atos contra o STF não surpreende. Além de ele flertar com ditaduras, seus aliados foram alvos da uma ação da Polícia Federal na quarta-feira (27) contra fake news. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo.
Um dos investigados, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) resolveu participar do protesto na capital federal. Ele e um grupo de apoiadores, vestindo camiseta do “movimento conservador” entoaram um grito de ordem contra o STF. “Supremo é o “, bradaram.

Rogério Carvalho ???
@SenadorRogerio

QUASE 30 MIL VIDAS PERDIDAS pela COVID-19 e o presidente está neste momento gastando DINHEIRO PÚBLICO passeando de helicóptero, dando “tchauzinho” para seus partidários na Esplanada em Brasília.

Enquanto isso, povo brasileiro está no corredor da morte. Vergonha!

Fonte: Brasil 247

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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