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Brazilian scientists identify species of algae that can be transformed into fuel

A study conducted in Brasilia by the Brazilian government agricultural company Emprapa has identified several species of algae that may be cultivated and transformed into renewable fuel sources.

Along with fuel, the algae were found to have other possible applications such as animal feed and cosmetics. The study identified different species found in Brazil and took three years to be completed.

Used in the study to produce the algae were residues and byproducts of crop fertilizers such as palm oil mill effluent and fermented sugarcane.

According to Embrapa technicians, using these substances to produce fuel-producing algae should aggregate value to sugarcane and dendê production.

Productivity

Microalgae are microscopic single cell organisms that live in aquatic environments. They are not plants, but are capable of photosynthesis as well as absorbing carbon emissions. The algae reproduce extremely quickly which results in great deals of oil and biomass that may be used for fuel.

Productivity of these microalgae may be 10 to 100 times higher than that of traditional agricultural production. This fact has sparked interest among sectors that need great quantities of biofuel and raw materials.

According to Embrapa, there are already four companies in Brazil cultivating microalgae: two in the Northeast focusing on human and animal nutrition and two others in ‘s countryside meeting the demands of the cosmetics and animal feed industries. No private sector company has yet to use microalgae to produce fuel, however.

Market

Studies have shown that algae can be used to reduce production costs and in Europe, there is a fleet of busses moved by biomethane, a refined biofuel, that circulate the continent. According the European Biofuels Board, Germany is the country that has so far most developed biofuel technologies, with 185 biofuel producing plants, followed by Sweden, with 61.

Cover photo: Embrapa / Vivian Chies

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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