Cães farejam o Covid-19 e resultado é mais rápido do que testes de laboratório

Cães farejam o e resultado é mais rápido do que testes de laboratório

A pesquisa indicou que os cães são capazes de farejar o coronavírus com quase 100% de certeza

Cachorrinhos fofinhos e adoráveis vão ajudar a a lidar com a pandemia global? Há uma grande possibilidade de que sim. Afinal, há os cães nos ajudam em diversos aspectos e, agora, são treinados profissionalmente e se tornaram capazes de farejar o COVID-19 mais rápido do que os testes de laboratório.

Os cães treinados começaram recentemente a trabalhar no aeroporto de Helsinque, na Finlândia, para ajudar a detectar passageiros infectados com COVID-19.
Um grupo de pesquisa da Faculdade de Veterinária da de Helsinque conduziu recentemente um cujos resultados indicaram que os cães são capazes de cheirar o vírus com quase 100% de certeza. Além disso, eles são capazes de detectar o vírus antes mesmo de os sintomas começarem, o que até então é impossível com testes de laboratório.
“É um método muito promissor. Os cães são muito bons em farejar”, disse Anna Hielm-Bjorkman, professora da Universidade de Helsinque, ao Global News. “Se funcionar, será um bom método de triagem (coronavírus) em qualquer outro lugar.”
O procedimento segue todas as regras para que o vírus diminua sua possibilidade de contaminação. O primeiro passo é o passageiro ser solicitado a limpar sua pele com um pano, que é colocado em um recipiente fechado e colocado próximo ao cão farejador.
A rede se aeroportos que está adotando esta técnica, anunciou que futuramente quatro cães trabalharão no aeroporto durante um turno. “Os cães precisam descansar de vez em quando. Enquanto dois cães trabalham, os outros dois fazem uma pausa. O serviço se destina principalmente a passageiros que chegam de fora do país ”, diz Susanna Paavilainen, CEO da Suomen hajuerottelu – WiseNose Ry, grupo de pesquisa da Universidade de Helsinque.

Sendo assim, o teste não inclui o contato direto do passageiro com o cão. Demora cerca de 10 segundos para o cão cheirar uma amostra. Nossos companheiros caninos não nos decepcionam nunca!

Fonte: Contioutra
 
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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