Segundo a neurociência, o cérebro possui uma capacidade excepcional de realizar atividades sem o envolvimento da consciência — ou seja, sem que as pessoas se deem conta, explica a Revista Galileu. Estudo após estudo, a complexidade da mente humana não para de espantar os cientistas. Descubra na galeria acima seis dos superpoderes da máquina mais eficiente já criada pela natureza!
01. Auto programar-se para acordar– Um estudo da Universidade de Lubeck, na Alemanha, instruiu um grupo de voluntários para que se deitassem à meia-noite, durante três noites. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que um seria acordado às nove, e outro às seis da manhã. Com o grupo das nove, os pesquisadores adiantaram o horário de despertar, e acordaram-nos igualmente às seis da manhã. Quem foi acordado às seis da manhã teve um pico de corticotrofina — hormônio do estresse — no organismo durante as quatro e meia da madrugada e as seis da manhã. Já as pessoas que foram acordadas de surpresa às seis não tiveram esse problema. Para os especialistas, o inconsciente pode ativar o relógio biológico para acelerar o processo de despertar.
02. Saber onde os membros estão, sem ‘pensar’– A habilidade é chamada de propriocepção e resulta da ‘conversa’ constante entre o corpo e o cérebro. Ou seja, dos nervos e músculos e das sensações exteriores ao corpo. “O cérebro sabe onde o corpo termina e onde o ambiente exterior começa”, disse Arvid Guterstam, do Instituto Karolinska, na Suécia.
03. Perceber rapidamente do caráter de alguém que acabou de conhecer– Para os especialistas, a linguagem corporal é entendida pelo subconsciente, que consegue de imediato ‘classificar’ a personalidade de alguém.
04. Criar hábitos – O córtex pré-frontal — envolvido em tarefas complexas — comunica com o estriado (região do cérebro responsável pela fomentação de hábitos), que por sua vez envia sinais para ativar movimentos. Com o tempo, os sinais são substituídos pela ligação do estriado com o córtex motor. Esses ciclos, juntamente com os circuitos de memória, permite a repetição de ações sem ser necessário o chamado pensamento ativo.
05. Tomar decisões complexas– Uma pesquisa da Universidade de Nijmegen, na Holanda, apontou que o subconsciente é capaz de fazer melhores escolhas do que o consciente. De acordo com o estudo, a abstração de um problema pode ser algo positivo, já que o inconsciente consegue ir além da capacidade da memória ativa no momento da decisão.
06. Identificar sons e imagens antecipadamente– Vários estudos realizados revelam que quando alguém espera que um som ou imagem apareça, o cérebro gera um sinal antecipado com sensores do córtex. A habilidade de estar um passo à frente é importante para entender discursos. “O cérebro continuamente prevê sons, palavras e significados que os indivíduos estão a tentar produzir ou comunicar”, elucida o professor Matt Davis, doecente na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. “Apenas notamos um objeto quando o inconsciente calcula a sua importância.”
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana do mês. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN Linda Serra dos Topázios, do Jaime Sautchuk, em Cristalina, Goiás. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo de informação independente e democrático, mas com lado. Ali mesmo, naquela hora, resolvemos criar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Um trabalho de militância, tipo voluntário, mas de qualidade, profissional.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome, Xapuri, eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás de grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, praticamente em uma noite. Já voltei pra Brasília com uma revista montada e com a missão de dar um jeito de diagramar e imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, no modo grátis. Daqui, rumamos pra Goiânia, pra convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa para o Conselho Editorial. Altair foi o nosso primeiro conselheiro. Até a doença se agravar, Jaime fez questão de explicar o projeto e convidar, ele mesmo, cada pessoa para o Conselho.
O resto é história. Jaime e eu trilhamos juntos uma linda jornada. Depois da Revista Xapuri veio o site, vieram os e-books, a lojinha virtual (pra ajudar a pagar a conta), os podcasts e as lives, que ele amava. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo a matéria.
Na tarde do dia 14 de julho de 2021, aos 67 anos, depois de longa enfermidade, Jaime partiu para o mundo dos encantados. No dia 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com o agravamento da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
É isso. Agora aqui estou eu, com uma turma fantástica, tocando nosso projeto, na fé, mas às vezes falta grana. Você pode me ajudar a manter o projeto assinando nossa revista, que está cada dia mió, como diria o Jaime. Você também pode contribuir conosco comprando um produto em nossa lojinha solidária (lojaxapuri.info) ou fazendo uma doação via pix: contato@xapuri.info. Gratidão!
Zezé Weiss
Editora
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