Chocolate sem culpa. Mas precisa ser do tipo certo!
Boas notícias para quem não resiste ao chocolate: ninguém precisa mais sentir culpa! Três estudos recentes mostram que, em doses moderadas, o consumo dessa gostosura faz bem ao cérebro, ao sistema imunológico e à visão.
Em um desses estudos, os participantes consumiram uma barra de chocolate escuro e, subsequentemente, foram estudadas suas ondas cerebrais. O resultado? Trinta minutos após terem ingerido o chocolate, foi observado um aumento de raios gama em seus cérebros.
“A frequência gama é associada com neuroplasticidade, o maior nível de processamento cognitivo que há”, afirmou Dr. Lee Berk, da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, responsável pelo estudo. Segundo ele, a neuroplasticidade possibilita conexões eficientes entre pensamentos e ideias.
Em estudo complementar, o Dr. Berk observou que em exames de sangue dos participantes havia um aumento de células T, responsáveis pelo combate a infeções. Entretanto, é importante lembrar que tais achados são preliminares e ainda não foram analisados por outros pesquisadores.
Em outro estudo, publicado na revista Jama Ophthalmology, da Associação Estadunidense de Medicina, foram encontrados mais resultados surpreendentes apontando os benefícios do chocolate.
Nesse caso, foi verificado que, após ter comido chocolate, um grupo de participantes teve melhorias na sua visão. O cacau, principal ingrediente do chocolate escuro (ou amargo), é conhecido como um alimento que altera positivamente a pressão arterial e a função de hemácias, e os pesquisadores acreditam que tais propriedades possibilitam a entrada de mais sangue no olho, melhorando a visão.
Essas e outras pesquisas vêm para redimir ao menos parte da culpa de quem passou anos – e às vezes décadas – sentindo culpa após não resistir à tentação de saborear essa delícia.
Por fim, fica o alerta: para produzir esses e outros benefícios para a saúde, o chocolate precisa ter uma concentração mínima de 70% cacau, segundo os pesquisadores.
Eduardo Pereira
Sociólogo