Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Cid delata como operava o “gabinete do ódio” de Bolsonaro

Mauro Cid delata como operava o “gabinete do ódio” de Bolsonaro

Segundo jornal, informações que constam na delação premiada do ex-ajudante de ordens do então presidente mostram como funcionava a rede de ataques a desafetos via internet

Por Portal Vermelho

Novas peças no quebra-cabeças da atuação de Jair Bolsonaro e seu entorno para atacar desafetos via redes sociais fazem parte de informações passadas pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. 

Segundo publicado pelo jornal O Globo, na coluna da jornalista Bela Megale, Cid teria dado detalhes sobre o funcionamento da “máquina de fake news” e ataques operada por assessores de Bolsonaro, via internet e redes sociais, contra adversários e opositores. 

Ele também teria contado sobre como cada elemento atuava nessa estratégia e suas relações com a família do ex-presidente. Tais esclarecimentos foram uma exigência para que o acordo de delação fosse selado. 

Os depoimentos do ex-ajudante de ordens via delação já renderam outras informações sobre outros atos ilícitos envolvendo diretamente Bolsonaro, figuras próximas e apoiadores. Entre elas estão a apropriação e a venda ilegais de joias dadas por governantes sauditas à Presidência da República; as fraudes nos cartões de vacina de Bolsonaro e sua filha, entre outros, no sistema do Ministério da Saúde para que constassem como tendo sido imunizados contra a Covid-19 e as tentativas de golpe de Estado após a vitória de Lula, cujo momento mais grave foram os ataques de bolsonaristas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. 

O acordo de delação foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no começo de setembro. Logo após, Cid deixou a prisão, onde estava desde maio, devido ao caso da adulteração da carteira de vacinação. Na ocasião, o magistrado também determinou o afastamento do tenente-coronel de suas funções no Exército.

Novas peças no quebra-cabeças da atuação de Jair Bolsonaro e seu entorno para atacar desafetos via redes sociais fazem parte de informações passadas pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. 

Segundo publicado pelo jornal O Globo, na coluna da jornalista Bela Megale, Cid teria dado detalhes sobre o funcionamento da “máquina de fake news” e ataques operada por assessores de Bolsonaro, via internet e redes sociais, contra adversários e opositores. 

Ele também teria contado sobre como cada elemento atuava nessa estratégia e suas relações com a família do ex-presidente. Tais esclarecimentos foram uma exigência para que o acordo de delação fosse selado. 

Os depoimentos do ex-ajudante de ordens via delação já renderam outras informações sobre outros atos ilícitos envolvendo diretamente Bolsonaro, figuras próximas e apoiadores. Entre elas estão a apropriação e a venda ilegais de joias dadas por governantes sauditas à Presidência da República; as fraudes nos cartões de vacina de Bolsonaro e sua filha, entre outros, no sistema do Ministério da Saúde para que constassem como tendo sido imunizados contra a Covid-19 e as tentativas de golpe de Estado após a vitória de Lula, cujo momento mais grave foram os ataques de bolsonaristas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. 

O acordo de delação foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no começo de setembro. Logo após, Cid deixou a prisão, onde estava desde maio, devido ao caso da adulteração da carteira de vacinação. Na ocasião, o magistrado também determinou o afastamento do tenente-coronel de suas funções no Exército.

Com agências

Fonte: Portal Vermelho Capa: Alan Santos/PR


Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

0 0 votos
Avaliação do artigo
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

CAMPANHAS

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 109
REVISTA 108
REVISTA 107
REVISTA 106
REVISTA 105
REVISTA 104
REVISTA 103
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes

CHICO MENDES 35 ANOS – EMPATE DE RETOMADA

Há 35 anos, Chico Mendes foi silenciado, mas sua luta ecoa até hoje. Quer saber como você pode fazer parte dessa história?

💪🏼Chico Mendes foi um líder inesquecível, assassinado por defender nossas florestas e os povos que nelas vivem. Seu legado enfrentou ameaças, mas agora é a hora da virada. É o momento do “Empate de Retomada”, uma nova fase na luta pelas conquistas e ideais de Chico.

👉🏻Para fazer esse empate acontecer, precisamos mais do que nunca da sua parceria e contribuição. DOE AGORA! Seja parte dessa retomada!