Cientistas aquecimento global

Cientistas revelam um prelúdio de aquecimento global apocalíptico

Quanto nos resta para apocalipse? trazem resposta alarmante

Um grupo de cientistas da de Estocolmo adverte que poderemos estar a poucas décadas de se desencadear um aquecimento global que ponha em perigo o da humanidade no nosso , segundo o artigo publicado na revista científica Proceedings of the Natonal Academy of Sciences.

O ponto limite será alcançado quando a temperatura média global atingir cerca de 2˚C a mais do que na época pré-industrial, estabelece o estudo, precisando que de momento a temperatura continua aumentando.

Os especialistas creem que os mecanismos de retroalimentação que atuam “como um efeito dominó”, conduzirão o nosso planeta a um estado de “Terra estufa” com a mudança de incontrolável, de tal forma que a longo prazo a temperatura vai se estabilizar na média global de entre quatro e cinco graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

Cenário irreversível

Se estas previsões estiverem certas, as faixas da Terra ao redor do equador se tornarão inabitáveis, pondo em risco as  costeiras. Entretanto, os depósitos de carbono se converterão em poderosos emissores de gases de efeito de estufa.

Uma “Terra estufa” vai apresentar grandes riscos para a saúde, , estabilidade política e, em última análise, à habitabilidade do planeta para os seres humanos”, ressalta o . A investigação destacou os processos de retroalimentação que terão lugar se essas temperaturas globais forem alcançadas.

Entre os também figuram o descongelamento do permafrost, a emissão do metano que se situa no fundo oceânico, o aumento da produção de dióxido de carbono por parte de bactérias oceânicas, bem como redução do gelo marítimo do Ártico.

Os cientistas creem que, todavia, ainda estamos a ponto de evitar essa situação diminuindo as emissões de gases de efeito de estufa, eliminando o dióxido de carbono na atmosfera e preservando os depósitos de carbono naturais. No entanto, clarificam que, se o cenário mencionado acontecer, já “não poderá se reverter” de modo algum.

ANOTE AÍ

Fonte: Sputnik Brasil

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA