CNI/Ibope: Des(Governo) descendo a ladeira – reprovação e desconfiança disparam
CNI/Ibope: reprovação e desconfiança em Bolsonaro disparam
É o pior resultado entre as quatro pesquisas feitas pelo Ibope neste ano.
A confiança em Bolsonaro também decresceu. Os que disseram “confiar” no presidente foram 41% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho e para 42% em setembro). Por outro lado, 56% disseram “não confiar” em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho e 55% em setembro).
Petistas comentam pesquisa
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), usou suas redes sociais para comentar a falta de confiança da sociedade brasileira em Bolsonaro. Pimenta destacou os números apresentados pelo Ibope, “Bolsonaro despenca mais no Ibope. 53% não aprovam a maneira de Bolsonaro governar (eram 40% em abril e 48% em junho e 50% em setembro) ”.
Já Margarida Salomão (PT-MG) lembra que a pesquisa é anterior as revelações de lavagem de dinheiro e relacionamento com a milícia. “Bolsonaro Despenca. A avaliação pessoal de Bolsonaro está em franca queda, segundo o Ibope. Ênfase: a pesquisa é de dez dias atrás. Antes, portanto, das novas revelações de lavagem de dinheiro e relacionamento com a milícia”, escreveu a deputada.
Para o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), Bolsonaro está até demorando para cair mais. “Aprovação e confiança de Bolsonaro em queda. Está até demorando para cair mais! O “recall” das fake news da campanha ainda o sustenta, mas não por muito tempo”, escreveu em seu Twitter.
Fonte: Agência PT de Notícias com informações do e jornal O Globo
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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.
Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.
Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.
Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.
Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.
Zezé Weiss
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