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A concepção do sábio e as exclamações da sabedoria

A concepção do sábio e as exclamações da sabedoria

Inebriado, fortemente armado com as ciladas obnubiladas destas fortuitas palavras se encontra, assaz desprezível, a alma deste pensador incerto em suas prematuras ideias jogadas em um plano, destes que só a contemplação confere enquanto trama os vértices da leitura.

Haverá equívoco, um sério problema se a concepção deste desalento não fosse esteticamente produzido com o fundo principal para ser vislumbrado como um passatempo.

Nesta arbitrária formulação das ideias ou apenas fundamentações das mesmas, reacende discriminadamente aqueles dissimulados inventos que amarra esta forma perigosa de eternizar um pensamento.

Distante, por ventura, seria esta obscura mediocridade em relação aos adoradores insidiosamente obtemperados pelos escritos em, talvez seja, forma de pagamento de suas atribuições existenciais?

É distante, tem seu cume no riso este modo de não escrever para aquelas almas que desejam ler os seus alentos, sentir-se consolados, receber já a sua santificação no prazer de entender melhor o seu acenado.

Não são para estes as minhas obscuras descobertas, antes para aqueles espíritos ainda inominados, ainda em gestação (outros já em desenvolvimento, porém em desenvolvimento).

A certeza mesmo – minha estranha impressão – é que ainda não foi concebido este ser, o qual saberá juntar todos os meus melancólicos posicionamentos e conseguir absolutamente otimizá-los em benefício próprio.

Até então, desencorajados pelo esgotamento diário, alguns de almas em ascensão até gostariam de tentar arrumar um entendimento dentro de si que fosse capaz de compreender o que meu espírito lhe propõe.

Contudo, porque são aniquilados pelo encorajamento, eles permanecem hostis ao ponto de denegrir o que foi concebido para eles, mantém-se resignados.

Prefere, este espírito metafísico, distinguir de todos os seus amigos, ao alcance de todos, do que desviar este salutar alimento que vem sendo preparado (é o tempero existencial) para os espíritos que, preferencialmente, vão ser concebidos.

Assim, quero continuar aqui tendo aptidão filosófica para depois que forem concebidos os espíritos de sensibilidade crítica possam usufruir dessa aparente percepção do mundo. Ouvi-me, os meus, concebidos sejam!

E, destarte, no tempo certo, nascei-vos, nascidos, vinde aos seus inebriantes escritos e exclamai-vos: “encontrei meu alimento! Ele estará temperando com a sabedoria do meu audacioso.”

ANOTE AÍ:

 

Padre Joacir D´Abadia – Pároco de Alto Paraíso de Goiás. Filósofo. Escritor. Especialista em Docência do Ensino Superior. Membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano- ALANEG.

A ilustração da capa  é do pintor indígena Jaider Esbell Macuxi, vencedor do Prêmio Pipa 2016.

 

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