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Dica Ecológica: Não use sapatos dentro de casa!

Dica Ecológica: Não use sapatos dentro de casa!

Você usa sapatos dentro de casa? Você nunca devia fazer isso! A ciência explica porquê!

Nos países do Oriente, as pessoas não usam sapatos dentro de casa. Tirar os sapatos para entrar em casa, segundo a tradição japonesa, por exemplo, evita que o da rua e as más energias baixem o astral de sua residência.

A ciência, por sua vez, explica, justifica e defende  esse costume.  Segundo pesquisadores da Universidade do Arizona, nos , ao deixar seus sapatos na parte externa (ou reservada) de sua casa, você pode evitar que cerca de 421.000 tipos diferentes de bactérias, presentes em 96% das solas dos sapatos, venha com você pra sua casa.

A pesquisa localizou, nas solas de sapato, bactérias causadoras da pneumonia, de infecções urinárias e  do sistema respiratório. Uma dessas bactérias é uma velha conhecida de todos nós: a E. Coli, parte integrante do grupo de germes inimigos dos alimentos e dos humanos.

Encontradas nos banheiros públicos e em fossas abertas, e nas solas dos seus sapatos,  essas bactérias são comumente conhecidas como coliformes fecais, que podem causar desde problemas no estômago até a morte.

Os dados da pesquisa do Arizona mostram que os coliformes fecais conseguem se fixar na sola de seus sapatos e seguir com você por longas distâncias e longos tempos, e que em geral tem uma eficácia de 99% para o chão de sua casa. Ou seja, são muito eficazes em trazer doenças pra dentro da sua casa.

Os recomendam, portanto, que os sapatos usados fora de casa devem ficar do lado de fora da casa e que, mesmo assim, devem ser lavados regularmente com sabão neutro com regularidade para reduzir drasticamente o número de bactérias,  e  limpar sempre o chão, tapetes e carpetes da sua casa com vapor.

Mas para evitar tanto , o mais prático mesmo é aprender manter seus sapatos fora de casa. Felizmente, no Ocidente e também no cada vez mais pessoas pensam na e deixam os sapatos do lado de fora.

ANOTE AÍ:

Fonte: sciencedump.com

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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