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Vem aí o nazifascismo verde-amarelo

Vem aí o nazifascismo verde-amarelo: Falta menos de uma semana para o Brasil se tornar um país nazifascista. Aproveite novembro e dezembro para respirar ao ar livre, falar o que pensa, ler o livro do seu autor preferido. Em janeiro, tudo pode mudar, inclusive serem presos nossos colunistas e este próprio editor do Direto da Redação. Rezem para não se arrependerem de terem ajudado a mudar a imagem do Brasil que, a partir de domingo, será comparado com as Filipinas e outras ditaduras.

Por José Ribamar Bessa Freire

Não quebre esta contracorrente, passe adiante. Se você compartilhar com 20 pessoas, em poucas horas o Brasil inteiro saberá. Caso contrário algo de ruim lhe acontecerá, uma mulher muito querida será vítima de feminicídio e serão assassinados um gay no Rio Grande do Sul, um negro na Bahia e um índio no Amazonas. A coisa é séria. O Coiso também.

“Os trabalhadores nada têm a perder, a não ser as suas correntes”.

Não quebre esta contracorrente, passe adiante. Se você compartilhar com 20 pessoas, em poucas horas o Brasil inteiro saberá. Caso contrário algo de ruim lhe acontecerá, uma mulher muito querida será vítima de feminicídio e serão assassinados um gay no Rio Grande do Sul, um negro na Bahia e um índio no Amazonas. A coisa é séria. O Coiso também.

Uma corrente iniciada em 1924, em Munique, Alemanha, com o nome original de “Strom Mein Kampf”, foi escrita por Adolf Hitler, cabo do 16º Regimento de Infantaria Bávara e dedo-duro (verbindugsmann) do exército alemão (Reichswehr). Traduzida ao português, circulou nas décadas de 1930 a 1970 no Brasil, em cópias datilografadas, passando de mão em mão e agora está sendo difundida massivamente nas redes sociais.

Na sua versão original, a corrente denuncia a decadência moral, a corrupção e a insegurança. Defende a superioridade da “raça ariana” e o racismo, prega a expulsão de imigrantes “indesejáveis”, condena as minorias e promete dar segurança à população. Acusa judeus, ciganos e comunistas de quererem subverter a ordem e destruir a família, usa-os como “bodes expiatórios”, responsabilizando-os por tudo de ruim que existe na Alemanha. O filósofo Walter Benjamin quebrou a corrente e seus autores disseram que, por causa disso, ele morreu em circunstâncias misteriosas ao tentar cruzar a fronteira da Espanha.

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Já o cabo Adolfo, que a repassou para milhões de alemães, se deu bem: seus leitores, adestrados para odiar o comunismo mesmo sem saber o que era, se tornaram seus eleitores. O partido nazista recebeu 17.277.180 votos em 1933. Adolf, como chefe do Governo Federal (chanceler – bundeskanzler), investiu-se de poderes excepcionais e decretou que a polícia podia prender seus opositores sem mandato judicial para “proteger a população e a ordem pública”. Matou mais de 5 milhões de judeus nos campos de concentração. Mergulhou a Alemanha na 2ª guerra mundial, que reduziu o país a cinzas. Quando seus eleitores descobriram a merda que fizeram votando nele, já era tarde. Estavam ferrados.

O Mito, o Duce

A corrente se espalhou pela Europa e Ásia. No Japão, Kita Ikki, filho de um comerciante de saquê, fez uma versão em alfabeto japonês, com o título de Tut-Tut Roshiya Bokoku Ron (北 輝次郎)Sua circulação facilitou a tomada do poder pelo general Tojo, que suprimiu todas as liberdades, implantou uma ditadura e se engajou na segunda guerra mundial responsável pela morte de  47 milhões de pessoas, incluindo civis que nada tinham a ver com o peixe. Para isso, firmou aliança com a Alemanha e a Itália.

Quando a corrente chegou em Veneza, foi repassada ao deputado Antônio Gramsci, conhecido intelectual, que queimou uma cópia e – por causa disso, dizem os correntistas –  foi preso com outros ativistas e condenado a vinte anos de prisão. Morreu aos 46 anos. Já o sargento Benito Mussolini, que a traduziu para milhões de italianos, se deu bem. Tornou-se o chefe supremo do Estado e decretou a extinção da Câmara de Deputados em 1939. Militarizou as escolas que adotaram o lema: “crer, obedecer e combater” e realizaram lavagem cerebral nos alunos. Concentrou todos os poderes em suas mãos, revogou a liberdade de expressão e de associação, silenciou a oposição e os intelectuais, suspendeu os partidos políticos e criou um Estado policial, aterrorizando até mesmo aqueles que acreditaram em suas bravatas.

nazifascismoCom o pretexto de reduzir a criminalidade, o sargento Benito instituiu a tortura como política de estado. Fez acordos com a Máfia. Armou as milícias inspirado no grupo paramilitar “Sturmabteilung” (SA) da Alemanha, de quem comprou tanques, aviões, rifles Mauser e milhões de cartuchos. As escolas com os currículos modificados, assim como os jornais, censurados se dedicaram ao culto da personalidade, apresentando Benito como “o Mito”, o “Duce”. Quando o eleitor percebeu a cagada que havia feito, já era tarde.

Traduzida ao castelhano pelo tenente-coronel Francisco Franco, depois autonomeado generalíssimo, a corrente circulou na Espanha, criando apoio político para o golpe de estado que derrubou o governo republicano eleito. Vozes dissidentes contra a corrente foram reprimidas, com milhares de espanhóis encarcerados e fuzilados, entre eles o poeta Garcia Lorca. Outros se salvaram buscando o exílio em países da Europa e da América.

Antes de entrar no Brasil, a corrente chegou a Portugal. Lá, o jurista Álvaro Cunhal rasgou uma cópia, foi preso e torturado, permanecendo quinze anos enjaulado. Já o economista Antônio Oliveira Salazar, ex-seminarista, fez centenas de cópias manuscritas do próprio punho e se deu bem. Apresentando-se como “salvador da pátria”, ocupou o poder, criou o Estado Novo, a PIDE – Polícia Internacional e de Defesa do Estado e tribunais especiais para condenar opositores. Censurou jornais, rádios e editoras, desencadeando a guerra colonial na África, usando em vão os nomes de “Deus, Pátria, Família” para engabelar os portugueses. O regime salazarista foi derrubado em abril de 1974 por militares inteligentes e sensíveis que restauraram as liberdades democráticas, acabaram com a guerra colonial, com o povo cantando nas ruas a música proibida Grândula Vila Morena e distribuindo cravos aos soldados rebeldes.

Nos países onde a civilização derrotou a barbárie já foi feito o balanço crítico desse momento histórico com pedidos públicos de perdão nos discursos oficiais de chefes de estado que se democratizaram.

No Brasil             

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A corrente seguiu o trajeto das naus de Colombo e Cabral, atravessou o Atlântico e desembarcou na América. Nos Estados Unidos, o fuzileiro naval Joseph McCarthy, juiz de direito, a repassou e foi eleito senador em 1946. Muito anos depois, em pleno séc. XXI, Hillary Clinton rasgou sua cópia, mas Donald Trump repassou as ideias já ultrapassadas com novas tecnologias e usou o twitter para atingir  milhões de eleitores, criando “fake news” em sua versão. Por isso, em 2016 foi eleito presidente.

No mesmo ano, nas eleições presidenciais das Filipinas, Rodrigo Duterte seguiu a cartilha de Trump, anunciando na corrente que criaria grupos de extermínio para combater a bandidagem. Colocou no texto sua frase sobre o estupro de uma missionária numa prisão em Davao, dizendo que ela era muito bonita e que ele, Duterte, tinha que ser o primeiro estuprador. Seus eleitores riram dizendo que era sincero, que era uma forma de falar. Foi eleito presidente.

Conhecido como “o justiceiro” por incentivar que cada um “faça justiça com suas próprias mãos”, Duterte foi acusado por organizações de Direitos Humanos de ter criado esquadrões da morte, responsáveis por execuções extrajudiciais de mais de mil presos no seu governo. Quando o papa Francisco protestou, Duterte revidou chamando-o publicamente de “filho da puta”. Seus eleitores, em sua maioria católicos, se arrependeram, mas agora Inês é morta.

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– “A democracia é como um trem: quando se chega ao destino, a gente desce” – diz a versão turca da corrente difundida por Recept Erdogan, que tem nome de xarope contra a tosse e mostrou o que é bom para a dita cuja. Ele desceu do trem, depois que foi eleito presidente da Turquia, em 2014, quando deu um autogolpe, eliminando os demais poderes. Prendeu recentemente mais de 6.000 pessoas, entre eles 140 integrantes do Poder Judiciário e até membro dos Supremo Tribunal,, 48 do Conselho de Estado e 5 da instituição equivalente ao Conselho Nacional de Justiça do Brasil, suspendendo de suas funções 2.745 juízes e promotores, alguns dos quais haviam votado nele, outros que ficaram de cócoras ou se ajoelharam no momento em que deviam fazer cumprir a lei..

No Brasil, nos anos 1950, Getúlio Vargas não a repassou justificando que não lia alemão. Dizem que por quebrar a corrente puniu a si próprio com o suicídio. Carlos Lacerda a guardou para divulgá-la quando fosse candidato a presidente da República, mas foi impedido pela ditadura militar. Castigado por quebrar a corrente, morreu aos 63 anos em circunstâncias misteriosas. Os generais no poder a divulgaram amplamente com o título de “Corrente Brasil ame ou deixe-o”, seguindo à risca aquilo que o texto mandava: censura, eliminação de opositores, supressão das liberdades democráticas, prisões arbitrárias, tortura e desaparecimento de seus críticos.

Os generais enviaram uma cópia ao mineiro Aécio Neves, que se entusiasmou com seu conteúdo, mas a esqueceu na mesa de um bar no Leblon, depois de derramar sobre ela café e restos de pó de tapioca. Por não passá-la adiante, foi flagrado recebendo propina. O garçom jogou-a na lata do lixo, onde foi encontrada por um certo capitão preso em 1986 e desligado do exército.

nazifascismoO capitão pediu ajuda a empresários que engordaram o caixa 2 da sua campanha, comprando ilegalmente “pacotes de disparos” em massa para enviar a corrente via WhatsApp a milhões de brasileiros, segundo denúncias da Folha de São Paulo. O conteúdo dessa última versão é o mesmo de Adolfo, Benito, Franco, Salazar, Tojo, Trump e Duterte.

Na última semana, embora o estrago já estivesse feito, o capitão ficou impedido de fazê-la circular com apoio de fundos ilegais. Isso caracteriza quebra de corrente? Será ele castigado por seus eleitores, que vão também descobrir o engano enquanto ainda é tempo? Ou descerá ele do trem ao chegar ao seu destino? Por seus filhos, pelo Brasil, vá contra a corrente sem medo. Ái essa terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso Portugal?

 

FOLHA SP (21/10)
Roger Waters agradece vaias em SP e

diz que Bolsonaro é corrupto e insano

Músico afirma que boicotaria o Brasil em defesa da democracia caso candidato seja eleito, como faz com Israel

THALES DE MENEZES
SÃO PAULO
O músico inglês Roger Waters, 75, está no meio de sua turnê pelo Brasil. Seu show espetacular, que reúne alguns dos maiores hits do Pink Floyd, banda que liderou dos anos 1960 ao início da década de 1980, agora segue sob o espectro do confronto do artista com parte de sua plateia.
Ao exibir #elenão no telão do gigantesco palco montado no allianz parque, em são paulo, no último dia 9, na estreia da turnê no país, ele recebeu mais vaias do que aplausos e inseriu sua figura na discussão polarizada do segundo turno da eleição presidencial.
Com um show de caráter político, seu posicionamento contra o candidato Jair bolsonaro (psl) é mostrado em um contexto de imagens destinadas a condenar o avanço, em escala global, do que waters chama de neofascismo.
Os espetáculos seguintes, sem exibição da hashtag, receberam reações diversas. Na segunda noite paulistana, no dia 10, houve protestos do público, com faixas ofensivas abertas na arquibancada. Em brasília, no dia 13, novamente uma plateia dividida, alternando vaias e aplausos.
Em salvador, na última quarta (17), Waters teve sua recepção mais positiva. Exibiu no telão imagem do mestre de capoeira moa do katendê, morto no dia 7 deste mês, após uma discussão sobre política partidária.
No show deste domingo (21) no rio de janeiro, é esperada uma homenagem a Marielle Franco, vereadora assassinada a tiros na cidade no dia 14 de março, junto com o motorista Anderson Gomes, em crime ainda não solucionado.
Na sexta (19), a folha entrevistou Roger Water. Encontrou o músico solitário no bar do hotel em que está hospedado em são paulo, tocando piano enquanto aguardava o início da conversa.
Nos intervalos dos shows em sete cidades brasileiras, ele cumpre agenda de encontros, muitos relacionados a seu ativismo na campanha bds (boicote, desinvestimento e sanções), que ele defende desde 2006, apoiando boicote econômico, cultural e político a israel —uma tentativa de pressão pelo fim da ocupação de territórios palestinos.
Na conversa, Waters disse que a reação barulhenta em são paulo foi importante ao chamar atenção para o debate político proposto em sua turnê. Agradeceu ao público paulistano e sustentou suas pesadas críticas a bolsonaro.

Depois de quatro shows no Brasil, com mais quatro ainda a cumprir, você avalia que a vaia recebida em são paulo afetou a turnê?
O melhor da reação que nós recebemos em são paulo na primeira noite, quando projetamos #elenão no telão, é que esse show está na estrada desde maio de 2017, por todo o mundo, mas poucas pessoas tinham entendido o que é tudo isso.
A reação do público chamou atenção para o que estou tentando dizer nesta turnê, sobre como os direitos humanos necessitam da cooperação de [cidadãos] uns com os outros. É disso que a turnê “us & them” fala. Viajamos pelo mundo tocando canções, mas há uma mensagem particular. E essa mensagem se fez presente em são paulo, gerando controvérsia, porque o país está claramente dividido.

Você já tinha uma compreensão dessa divisão?
Há uma separação severa no mundo entre ricos e pobres, não só no brasil, mas aqui é muito forte. Quando você anda por são paulo, você vê casas bonitas e ricas cercadas por grades de metal, com guardas vigiando-as e centenas de câmeras. Dali a cem metros, você vê pessoas morando sobre papelão molhado, na sarjeta.
Esses caras foram prejudicados, claro, mas não por lula ou por Dilma, ou quem quer que seja. Eles foram prejudicados pelo neoliberalismo, pelo mercado livre mundial, que não regula as oportunidades para os indivíduos.
É contra isso que eu levanto minha voz. Viajando pelo mundo, fica claro para mim que o problema fundamental está no desrespeito aos direitos humanos. O mundo é organizado por oligarquias e corporações, que deixam uma mínima fatia das pessoas numa situação sadia.
Então eu digo “obrigado, são paulo”, obrigado às pessoas que fizeram aquele barulho. Lamento que vocês estejam brigando uns contra os outros, discutindo coisas fundamentais sob a ótica de alguém como bolsonaro. O que ele fala não deveria ser assunto para nenhuma argumentação em qualquer lugar do mundo. Mas é uma coisa real e assustadora.

Às vezes você faz turnês em locais com problemas graves e evidentes, como é o caso no Brasil agora, no período das eleições. Você tenta se informar sobre a situação local antes de ir? Há pessoas que pesquisam essas informações para você?
Eu não tenho ninguém que faça essas pesquisas para mim. Tento conversar ao máximo com as pessoas dos locais que visito. É difícil, mas tento educar a mim mesmo sobre a situação, prestando atenção a tudo.
Minutos atrás tive uma conversa com um jovem sobre eventos da bds dos quais participei no brasil e na América do Sul. E perguntava a ele especificamente sobre lula e a corrupção, sobre o encarceramento do ex-presidente e o impeachment de Dilma.
No resto do mundo, se você ler sobre isso na imprensa mainstream, vai encontrar coisas como “oh, que tragédia! Um líder popular tão importante sucumbiu diante das tentações do poder e começou a roubar dinheiro do povo”. Mas por que ele faria isso? Qual é a verdadeira história? É difícil seguir em frente sem essas informações.

Com quem você tem conversado no Brasil?
Com todos por perto. O chefe da minha equipe de segurança no brasil conversa comigo e ele acredita que bolsonaro é uma coisa nova na política e é incorruptível. Pergunto se ele está debochando de mim. Bolsonaro está na política brasileira há 30 anos e é totalmente corrupto! E é louco. Vingativo e insano.
Está claro que não vai fazer nada para romper com o sistema vigente. Ele vai acelerar ao máximo essa onda que está destruindo o mundo. Vai facilitar as coisas para quem está roubando dinheiro das pessoas pobres. Vai militarizar a polícia. Vai tornar tudo mais difícil para as classes trabalhadoras. Grito isso para quem quiser ouvir. É o que vai acontecer se esse cara for eleito.

Como convencer as pessoas de que os esforços delas podem valer a pena?
Quase todas as noites, nas minhas turnês, falo às pessoas que elas devem se fazer uma pergunta: “por que devo acreditar em direitos humanos iguais para todos, respeitando nacionalidade, cor, sexo?”.
É uma questão muito importante. Porque mesmo fazendo tudo o que podemos, talvez não seja o bastante. Eles estão destruindo o planeta o mais rápido que podem. Vendem armas para as pessoas, deixam que alguns roubem tudo dos outros.
Pessoas em alguns lugares do mundo são tratadas segundo uma política colonialista. Precisamos acreditar nos direitos humanos, iguais para todos. Acho que é mesmo uma questão de sobrevivência. Basta ler os jornais para ver que o planeta está sendo destruído muito rapidamente e, em alguns aspectos, de modo irreversível.

O ministro da cultura do brasil, sérgio sá leitão, disse nesta semana que está “de saco cheio” de manifestações políticas em shows. Como você reage a essa declaração?
Esse cara está no emprego errado, tem de achar um novo trabalho. Não sei o ele que faz, mas não deveria estar numa posição de poder sobre questões culturais se dá uma declaração dessas. Porque cultura inclui música, e ela pode expressar muito da condição humana. Acho que ele deveria renunciar.

Você acredita que um show de rock pode ser um momento que muda a vida de uma pessoa?
Claro que pode, mas nada faz um show de rock ser especial nesse sentido. Qualquer momento na sua vida pode ser aquele instante transcendente.
Veja a essência transcendental do amor romântico. Se você tiver a sorte de se apaixonar, por uma mulher ou um homem, o gênero é irrelevante, você vai desatar amarras no seu coração que podem deixá-lo aberto a mudanças, não apenas em relação ao seu amor, mas em relação a tudo. Mas um show de rock tem força, apesar do que seu ministro da cultura diz.

Você vai tocar um dia antes do segundo turno da eleição, em Curitiba, e em seguida fará a última apresentação da turnê brasileira em porto alegre, dois dias depois de a votação ser decidida. O que espera nesses shows?

Não tenho ideia. Essa eleição é muito importante. Na Alemanha, elegeram Hitler como uma coisa nova na política. “nós precisamos desse cara!” sério? Mesmo?

Você voltaria ao brasil para fazer uma turnê durante um eventual governo de bolsonaro?
Essa é uma pergunta muito boa… Por que não vou a israel? Porque os palestinos oprimidos não querem que eu vá. Eu espero que, dependendo do resultado da eleição, os brasileiros não queiram que eu volte até que a democracia retorne ao país.
A democracia pode ser retirada de modo tranquilo ou violento neste grande país. Espero que não aconteça como em 1964, para retornar 21 anos depois. É preciso lutar contra o fascismo e o totalitarismo de qualquer maneira. Se isso acontecer aqui, vou continuar meu ativismo, fazendo o possível para ajudar a reverter isso.

ANOTE AÍ

José Ribamar Bessa Freire, professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de doutorado e mestrado e da Faculdade de Educação da UERJ, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indigenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO) e edita o site-blog Taqui Pra Ti. Tem mestrado em Paris e doutorado no Rio de Janeiro. É colunista do Direto da Redação.

Direto da Redação é um fórum de debates editado pelo jornalista Rui Martins.

Fonte: Correio do Brasil

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