Feliz com as coisas que faz e com o amor que tem
Homenagem ao Jaime Sautchuk
Por Cláudia Costa Saenger
Cláudia – O que te constrange?
Jaime – O que mais me constrange é pensar que estou fazendo mal a alguém. Fico doidinho querendo reparar.
Cláudia – Qual o pior sentimento humano?
Jaime – Acho que inveja, que é o contrário da solidariedade.
Cláudia – O que te excita?
Jaime – Bom, uma boa ideia me excita. Mas a carne é fraca, de modo que um ato sexual também é bom demais…
Cláudia – Como foi o seu primeiro beijo?
Jaime – Nem lembro direito… Mas, beijo mesmo, foi lá pelos 16 anos, em Curitiba, com uma namorada que achava que ia casar comigo… ksks
Cláudia – Você se arrepia com música?
Jaime – Claro!
Cláudia – Qual música te faz arrepiar?
Jaime – Um blues de Lidbeli, um canto do Gil, uma rima do Chico, um acorde de Chopin, um rasqueado do Tião Carreiro, uma batida de festa do Divino… Ou seja, música é arte, e arte me encanta… até um gol no futebol, que é arte tbém…
Cláudia – Pior porrada na vida?
Jaime – Acho que foi o nascer do meu 1º filho, quando eu tinha 22 anos (a Vera tinha 26). Sim, pior no sentido de mais forte, não de negativo.
Cláudia – Pior traquinagem?
Jaime – Traquinagem não tem pior… é sempre boa. Tem muitas, desde menino. Mas meu jeito de furtar discos em lojas de Curitiba era 10.
Cláudia – Do que se arrepende?
Jaime – De nada. Afora pequenas coisas que podem ter prejudicado pessoas, mas que foram sem querer. Mas, nas grandes coisas, nada.
Cláudia – Do que se lembra com ternura.
Jaime – Eu poderia ser um cara rico, se tivesse sido a favor da ditadura, por exemplo… mas disso sinto orgulho. [E de] um padre marista, chamado Irmão Ventura Ferreira, meu professor de história, de francês e de sociologia…
Cláudia – Palavra que te descreve?
Jaime – Amor
Cláudia – Nome do primeiro amor?
Jaime – Ana
Cláudia – Como terminou, se é que terminou?
Jaime – Era minha mãe. E morreu…
Cláudia – Pior terminar ou terminarem?
Jaime – Não vejo essa dicotomia… as coisas acontecem meio que por acaso…
Cláudia – Complete a frase: Sou um homem que…
Jaime – … é feliz com as coisas que faz e com o amor que tem.
(…)
Cláudia – Desse jeito, vai ter que me recolher com um pano de chão (eu me dizia manteiga derretida, chorona).
Jaime – Com um canudinho.
Cláudia Costa Saenger – Companheira de Jaime – Diálogo via skype no ano de 2014
Salve! Taí a Revista Xapuri, edição 82, em homenagem ao Jaime Sautchuk, prontinha pra você! Gostando, por favor curta, comente, compartilhe. Boa leitura !
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