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Foco Cia de Dança apresenta “Lixo e Purpurina”

Lixo e Purpurina ocorre este mês no Teatro SESC Garagem de Brasília

E PURPURINA é um espetáculo de dança contemporânea livremente inspirado no texto de Caio Fernando de Abreu, que leva o mesmo tema. Em cena: o rito, o desejo, a provocação. A obra trata da importância do movimento coletivo, a necessidade de falar e ser ouvido. Com diversos inícios, meios e fins, o espetáculo procurar criar um emaranhado de narrativas que coexistem de forma independente e que por diversas vezes se cruzam através dos mesmos vetores, vistos de ângulos distintos.  O palco se torna palanque, sujeito ao corpo e suas múltiplas ferramentas, promovendo argumentos contra o retrocesso e o autoritarismo. Gerando assim questionamentos sobre o mundo em que vivemos e aquele em que gostaríamos de viver.

O coreógrafo Mickael Veloso, retorna mais uma vez em parceira com o grupo, propondo uma investigação ousada e diferente de tudo o que a companhia, em seus quatro anos de trajetória já vivenciou.

Sobre a companhia 

A Foco Cia de Dança foi fundada em 2014 em e reúne atualmente cerca de trinta integrantes que juntamente aos diretores Renato Fernandes e Naedly Franco buscam desenvolver e questionar a contemporaneidade no universo da Dança. Com a missão de difundir a e reflexão por meio da dança contemporânea, buscando a superação técnica e o fruir artístico, refletindo sobre o indivíduo e suas relações com o mundo cotidiano e a afetação da na sociedade.

Ficha Técnica

Realização Foco Cia de Dança
Direção: Renato Fernandes
Produção: Naedly Franco
Coreografia: Mickael Veloso

Abertura oficial com o grupo jovem: FOCO Base

19 e 20 de Dezembro | 20h | Teatro Sesc Garagem • Asa Sul

Ingressos antecipados podem ser adquiridos pelos números – (61) 984668714 | (61) 999025256
Meia entrada 20$ – Carteirinha estudantil | Professores | Maiores de 65 | Doadores de 1kg de alimento

“O de desenho me vê com um livro de reproduções de Magritte na hora do almoço e diz que Magritte pintava sonhos, e que é impossível ter sonhos às seis da manhã numa estação de metrô. Me surpreendo arranjando energia para contestar. E digo no meu inglês péssimo que se a realidade nos alimenta com lixo, a mente pode nos alimentar com .” – Caio Fernando Abreu

Censura: 16 anos.

 

Lixo e Purpurina Stories 5

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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