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Formosa: Registros históricos do nascer de uma cidade

Formosa: Registros históricos do nascer e crescer de uma cidade –  , Vila Formosa da Imperatriz, Formosa: Registros históricos do nascer e do crescer de uma cidade…

Os primeiros registros históricos de Formosa remontam da terceira década do século XVIII, quando ainda pertencia à Capitania de São Paulo, conforme inscrições encontradas nas grutas da Fazenda Araras, que falam da chegada dos primeiros colonizadores.

Nas proximidades da Lagoa Feia, os boiadeiros e garimpeiros que faziam o trajeto entre a Bahia e Minas Gerais, rumo às minas dos Guaiazes, escolheram o local de suas paradas para descanso. Ali levantaram as primeiras choupanas cobertas e cercadas com couro de boi,dando origem ao primeiro nome da localidade: Arraial dos Couros. (Nota: O escritor Alfredo Saad, em seu livro “Álbum de Formosa”, disputa essa versão da . Segundo Saad, o couro era uma mercadoria muito valiosa, utilizada no comércio, e não para cobrir as casas, que até adiantada era foram cobertas de palha).

Nessa época, para evitar prejuízos na extração do ouro e no comércio aos bovinos, foram instalados dois registros para cobrança de tributos, um na parte setentrional da Lagoa Feia e outro a 90 quilômetros do Arraial, local conhecido como Arrependidos. Assim, ficou estabelecida a comunicação de com os canais da Bahia e Minas Gerais, registrando-se, ainda, a passagem pela região dos bandeirantes Urbano do Couto e Antônio Bueno de Azevedo.

A salubridade do e a oportunidade de bons negócios atraíram garimpeiros e fazendeiros de outras regiões, que passaram a se dedicar à formação de fazendas e ao comércio de couros. Em 1823, o arraial foi elevado a julgado e já se firmava com centro
comercial.

Em 1838, foi elevado à categoria de freguesia e, posteriormente, em 1843, diante das suas belezas naturais e buscando homenagear a imperatriz D. Teresa Cristina, foi elevado à categoria de vila, recebendo o nome de Vila Formosa da Imperatriz. Em 1877, passou à
categoria de cidade, com o nome de Formosa. O dia 1º de agosto de 1843 ficou sendo data oficial do município.

Formosa tornou-se Distrito  com a denominação de Vila Formosa da Imperatriz, pela lei provincial nº 4, de 22-08-1838 e foi elevada à categoria de de vila com a denominação de Vila Formosa da Imperatriz pela lei provincial nº 1, de 01-08-1843, desmembrado do município de Santa Luzia. Sede na antiga povoação de Vila Formosa da Imperatriz. Constituído de 2 distritos: Vila Formosa
da Imperatriz e Santa Rosa, ambos desmembrados de Santa Luzia. Instalado em 22-02- 1844.

Com a denominação de Formosa, nossa terra foi elevada à condição de cidade pela lei provincial nº 574, de 21-07-1877. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Formosa ex-Vila Formosa da Imperatriz e Santa Rosa.
Pela lei municipal nº 70, de 23-01-1912, é extinto o distrito de Santa Rosa, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Formosa.

Pela lei nº 10, de 22-05-1924, é recriado o distrito de Santa Rosa e anexado ao município de Formosa. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Formosa e Santa Rosa, assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 1233, de 31-10-1938, o distrito de Santa Rosa é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Formosa. Sob o mesmo decreto o município adquiriu o território do extinto município de São João da Aliança, com simples distrito.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Formosa e São João D’Aliança
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950. Pela lei municipal nº 44, de 29-12-1952, é criado o distrito de Cabeceiras ex-povoado anexado ao município de Formosa. Pela lei municipal nº 47, de 30-12-1952, é criado novamente o distrito de Santa Rosa
anexado ao município de Formosa.

Pela lei estadual nº 954, de 13-11-1953, complementada pela lei estadual nº 1274, de 14-12-1953, desmembra do município de Formosa o distrito de São João D’Aliança, que foi elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Formosa, Cabeceiras e Santa Rosa.

Pela lei municipal nº 233, de 01-01-1958, é criado o distrito de Crixalândia e anexado ao município de Formosa. Pela lei estadual nº 2102, de 14-11-1958, desmembra do município de Formosa o distrito de Cabeceiras, elevado à categoria de município. Pela lei municipal nº 259/32, de 25-09-1961, é complementada pela lei nº 46 de 07- 02-1969, é extinto o distrito de Crixalândia, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Formosa. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Formosa e Santa Rosa, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.

Pela lei estadual nº 10440, de 10-01-1988, é criado o distrito de Vila Boa e anexado ao município de Formosa. A lei estadual nº 11707, de 29-04-1992, desmembra do município de Formosa o distrito de Vila Boa, que é elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 2 distritos: Formosa e Santa Rosa,  assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

O nome Vila Formosa da Imperatriz foi simplesmente alterado para Formosa alterado, pela lei provincial nº 574, de 21-07-1877.

 

ANOTE:

Fonte:  https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/goias/formosa.pdf com edições de .

Imagens: http://formosahistorica.blogspot.com/2015/06/fotos-antigas-da-banda-municipal-de.html

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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