França: Primeiro país da Europa a proibir todos os pesticidas relacionados com a morte das abelhas

França torna-se o primeiro país da Europa a proibir os todos os pesticidas relacionados com a morte das abelhas –

Por: By Mayukh Saha/Truth Theory

Recentemente, o despertou para mais um efeito negativo do uso excessivo de pesticidas. Em várias partes, a população das vem decrescendo drasticamente, o que implica em risco de da própria espécie.

Mesmo depois de conhecer esse perigo, nem todas as nações vêm tomando providências. Algumas vêm até mesmo liberando licenças para a produção de novos venenos, mesmo sabendo que eles podem provocar ainda mais dano para a população das abelhas. A França, entretanto, decidiu mudar o rumo dessa .

Em sintonia com esse desafio, a nação francesa tornou-se o primeiro país da Europa a banir todos os 5 tipos de pesticidas conhecidos como “neonicotinoids” : os pesquisadores franceses estão convencidos de esses venenos são extremamente danosos para a das abelhas. A União Europeia baniu apenas três deles.

Agora, depois dessa decisão radical, reações têm aparecido de todas as partes. Não há dúvida de que ambientalistas e defensores das abelhas estão felizes com a França. Por outro lado, os agricultores, especialmente os plantadores de beterrabas e cereais mostram-se receosos. Eles temem que, sem venenos, suas ções se tornem mais vulneráveis ao ataque de outros .

A decisão francesa, que se aplica não somente ao uso tem campo aberto, mas também nas “greenhouses“, contou, inicialmente, com a oposição da Inglaterra, mudou de posição depois que pesquisadores descobriram que esses pesticidas causam o misterioso colapso das colônias  “colony collapse disaster” , onde comunidades inteiras de abelhas morrem simultaneamente,  não somente na Europa mas também em outras partes do mundo.  Além dos pesticidas, o colapso das colônias pode ser causado também por outras causas, como virus e fungos.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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