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Seca do Rio das Almas assusta população…

Seca do Rio das Almas assusta população de Ceres, Rialma e região

Por Valle Notícias

O Rio das Almas é um rio brasileiro que banha o estado de . Sua nascente é no limite do Parque Estadual da Serra dos Pireneus, no município de Pirenópolis. Segue seu curso no sentido sul-norte e compõe a bacia do Tocantins. Corta as cidades de Pirenópolis, Jaraguá, Ceres, Rialma e Nova Glória.

O Rio está com o volume cerca de 50% de água abaixo do nível esperado nesta época do ano. O fato foi denunciado ao Jornal Valle Noticias na manha deste sábado (24/08), e tem assustado os moradores e ambientalistas da cidade e zona rural que afirmam que o fator que intensificou ainda mais a seca foram as instalações de dezenas de motores de grande porte que retiram milhões de litros de água do Rio Verde, Rio Uru e Rio das Almas para fazer irrigação de plantios de cana da empresa CRV Industrial de Carmo do Rio Verde e com isso está escoriando as margens dos Rios que cortam e abastecem os municípios.

O nível dos rios baixou consideravelmente. É quase impossível acreditar que no local já houve vastas águas que, inclusive, causavam nos arredores.

O mais grave de tudo isso são os vários motores que estão sendo usados pela usina para fazer bombeamento de água para a transposição até uma caneleta que distribui água para vários açudes formando verdadeiras piscinas com milhares de litros de águas que são distribuídos através de centenas de metros de tubulação de dezesseis polegadas que através de canhões de jato de água realizam a irrigação de áreas plantadas.

No vídeo gravado pela reportagem do Valle Noticias é possível ver a quantidade de água que passa pelo duto para os reservatórios em pouco em pouco intervalo de tempo.

Em pouco tempo, alguns vão dizer que é tarde demais, que Carmo do Rio Verde, Ceres e Rialma estarão sem água. É gravíssimo o que ocorre vendo os nossos rios sendo degradados por usineiros por falta de /cultura e até mesmo pela ausência de uma fiscalização mais rígida para coibir esses tipos de crimes contra o meio ambiente.

O jornalismo tem um papel fundamental em nossa . O papel de informar, de esclarecer, de contar a verdade e trazer luz para o que, muitas vezes, está no escuro.

Esse é o trabalho de um jornalista e a missão do Valle Noticias. “Mas para isso, nós precisamos de você e do seu apoio, pois juntos nós podemos, através de matérias iguais a essa que você acabou de ler, buscar as transformações que tanto queremos.

Você também poderá fazer sua denuncia pelo aplicativo de celular WhatsApp do Valle Noticias. A ferramenta está disponibilizada 24 horas por dia pelo número (62) 99629-0978 ou 98550-6289.

NOTA DA CRV

Sobre o conteúdo desta matéria recebemos via e-mail da jornalista Letícia Assis, da Assessoria de Imprensa da CRC Industrial pela MAC Jornalismo, a seguinte nota da CRV, aqui reproduzida na íntegra: 

Nota

A CRV Industrial Ltda. diante da notícia veiculada pelo jornal Valle Notícias e reproduzida pelo Xapuri no dia 31 de agosto sobre a retirada indevida de água dos rios Verde, Uru e das Almas para a irrigação. A empresa esclarece que:

  1. A irrigação utilizada pela empresa é a denominada de “irrigação de salvamento”, ou seja, não se trata de uma utilização plena e contínua. Ao contrário, trata-se de uma irrigação fracionada, realizada em momentos específicos, logo após a colheita da cana.
  2. Toda utilização de águas por parte da CRV Industrial é devidamente outorgada e fiscalizada pelos órgãos ambientais competentes, e que essa utilização é incapaz de provocar qualquer alteração nos níveis da vazão dos Rios e seus afluentes, devido à diminuta quantidade utilizada;
  3. A irrigação feita pela empresa segue o que determinam as outorgas concedidas pelos órgãos ambientais competentes.
  1. A empresa por meio do Plano de Gestão Ambiental busca a preservação e nas suas atividades. Executando periodicamente o Programa de Monitoramento da Água para reutilizar, reduzir o consumo de água e acompanhar as nascentes.

 A CRV Industrial reforça seu compromisso público com o de suas atividades e das comunidades em que está inserida.

 


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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