Cordel para Adélia Prado

Cordel para Adélia Prado

Cordel para Adélia Prado

Adélia Prado pulsa arte
Sonho, criatividade
Dos idos de 35
A verve da vitalidade
Artesã de prosa e verso
Multiversa a liberdade

Divinópolis, Minas Gerais
Onde cavalga o destino
No Grande Sertão: Veredas
Rosadélia, sol menino
Despertou o magistério
Na moça de traço fino

Nas plagas de Minas Gerais
À literatura se destina
Com a veia drummondiana
Engenhosidade de menina
Floresceu em sua alma
Arquitextura feminina

Idos dos anos 50
Tirou o ouro da mina
Surgem os primeiros versos
No raio da silibrina
Veio a saudade da mãe
Que a eternidade destina

Adélia casou-se com Freitas
Boa prole germinou
Filosofia, Ciências e Letras
Em Divinópolis estudou
Na estrada com Romano
E Drummond que avalisou

Affonso Romano de Sant’Anna
Para Drummond enviou
Os versos de Adélia Prado
Que a Imago publicou
Veio ao mundo Bagagem
A poesia transbordou

1975
Onde tudo começou
Na magia da escrita
Sua nascente brotou
A poesia de Adélia
Logo se frutificou

Prosa “Soltem os cachorros”
Adélia não mais parou
Com O Coração disparado
O Jabuti ela ganhou
Teatro, balé, histórias
Ao povo ela encantou

Traduzida em várias línguas
Em inglês e italiano
No idioma espanhol
De Cervantes, nosso arcano
E na língua de Camões
Dá seu toque soberano

O monólogo Dona Doida
Grande sucesso teatral
Com Fernanda Montenegro
Nossa atriz primordial
A maestria em cena
Com a intérprete magistral

Manuscritos de Felipa
José Siqueira adaptou
Tornou-se Dona de Casa
No palco disseminou
A poesia de Adélia
Nosso coração tocou

Tem o olhar amoroso
O toque da sutilidade
Com seu tom inovador
Cria luminosidade
A fé católica presente
Em sua vivacidade

Adélia da voz ao simples
Detalha o cotidiano
Valoriza a mulher
Viaja no altiplano
Mãe e dona-de-casa
O verso é seu arcano

Poeta, professora, filósofa
Gosta de contar história
A fé e o sentimento
Estão em sua trajetória
O sagrado, o religioso
Pelos campos da memória

80 anos de vida
Escritora sem igual
Recebe bela homenagem
Na III Bienal
Adélia em prosa e verso
É estrela universal


ANOTE AÍ:

gustavo_dourado-dzai-com-br
Gustavo Dourado é um dos maiores poetas-cordelistas do Brasil. Sua excelente e extensa produção literária pode ser encontrada em www.gustavodourado.com.br/cordel.htm.  Gustavo é também presidente da Academia de Letras de Taguatinga.
Foto do Gustavo Dourado: dzai.com.br

 

 

 

 


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