Idosos, no inverno, precisam de cuidados especiais

Idosos devem adotar cuidados especiais no inverno

Clínico geral explica a importância da , prática de atividades físicas, vacinação e outros pontos que merecem destaque nesta época do ano

Uma alimentação balanceada é fundamental independente da estação. Porém, é comum no inverno o aumento da ingestão de carboidratos e bebidas alcoólicas. De acordo com Dr. Bruno Topis, clínico geral do Hospital Villa-Lobos, da Rede D´Or São Luiz, o equilíbrio de nutrientes garante um sistema imune para combater infecções.

O especialista respondeu cinco questões sobre os pontos importantes como vacinação, hipotermia e prática de atividades físicas especialmente para idosos.

1. Quais precauções os idosos devem tomar com o inverno?

Durante o inverno, é necessário ter uma atenção especial com a alimentação, que tende a manter o seu sistema imune preparado para combater as infecções mais comuns desta época do ano, e manter a prática de atividades físicas que, desde que não haja contra indicação, vai ajudar a evitar atrofia muscular e complicações de .

Nessa época de frio, é muito importante também se proteger contra a hipotermia, uma situação potencialmente fatal principalmente em idosos que tendem a ter uma baixa reserva funcional para se manter aquecidos espontaneamente.

Além disso, é fundamental manter o calendário de vacinas atualizado. A vacinação é o modo mais eficaz e comprovado cientificamente de proteger-se contra algumas doenças.

2. A vacina da gripe é importante? Todos devem tomar?

Sim, extremamente importante. Todas as pessoas podem tomar a vacina, exceto aquelas que possuem contraindicações, como reações alérgicas. Os grupos prioritários têm distribuição gratuita garantida pelo SUS: de 6 meses a 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, gestante, que deram a luz nos últimos 45 dias, profissionais de , população , portadores de doenças crônicas como diabetes, asma e artrite reumatoide, indivíduos imunossuprimidos, portadores de trissomias com síndrome de down e klinefelter, pessoas privadas de .

3. Como deve ser a alimentação neste período?

Um erro muito comum em idosos neste período é exagerar na quantidade de carboidratos (pães, doces) e bebidas alcoólicas ocasionando todos os efeitos deletérios desta dieta inadequada.

4. Quais sintomas indicam uma ida ao pronto-socorro?

Geralmente, resfriados com febre baixa podem ser tratados em casa, e casos mais brandos de gripe podem ser observados antes de uma ida a um pronto-socorro. Porém, quando os sintomas são mais fortes, como febre alta persistente, tosse aguda, falta de ar ou dor torácica, é importante passar pela avaliação de um médico com a finalidade de excluir doenças graves ou que demandem algum medicamento específico como antibióticos. Casos mais graves podem demandar internação.

5. É necessário repor alguma vitamina?

Não é necessária nenhuma suplementação adicional neste período. Se a pessoa possui uma alimentação saudável, e seus estoques de vitaminas (identificados em exames de sangue) estiverem bons, não há nenhuma conduta adicional a ser tomada pelo fato de estarmos no inverno.

ANOTE AÍ

Fonte: Notícias ao Minuto

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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