Juventude: Jornadas de luta pela democracia
O penúltimo dia de novembro de 2016 marcou a jornada de luta contra Temer a PEC do Fim do Mundo, que congela por vinte anos os gastos públicos e vai atingir de forma brutal projetos sociais.
Por Trajano Jardim
Principalmente, saúde educação e os serviços essenciais que beneficiam os setores mais carentes da população. O objetivo principal deste projeto alinha-se com os interesses neoliberais de privatização dos setores estratégicos da economia nacional.
Chamou a atenção o número expressivo de jovens e mulheres na manifestação. Isso demonstra que o processo de retomada da resistência ao golpe jurídico-parlamentar começa a tomar corpo, embora o seu direcionamento seja ainda, de certa forma, se desenvolva de forma espontaneísta.
Também a luta dos operários e do povo no século XIX teve momentos idênticos, com grupos de diversos matizes. Desde os defensores pacifistas até os mais radicais seguidores do luddismo do século 18, todos tendo como principais diretrizes a luta por melhores condições de trabalho (melhores salários e repouso semanal) e o direito à cidadania. Nada muito diferente do retrocesso pelo qual o Brasil envereda.
Mesmo diluído em diferentes grupos, a manifestação cumpriu o seu papel. A resposta da repressão demonstrou a preocupação do grupo que se apoderou do poder e da sua base de apoio parlamentar, que ainda não se deram conta que o castelo começa a ruir. A luta tem o seu tempo político. Depois de uma batalha perdida, a recomposição das forças e a retomada do processo de resistência é demorado.
O 29 de novembro, acordou o movimento popular de Brasília, exatamente trinta anos depois de do maior movimento de massas ocorrido na capital da República depois da ditadura em 27 de novembro de 1986. Quando indignados com o Plano Cruzado anunciado, em forma de pacote econômico, após as eleições, centenas de brasilienses foram as ruas, tomaram a Esplanada dos Ministérios.
A população de carro, em apoio a manifestação promoveu o maior buzinaço, que enfureceu o truculento comandante do PIC, coronel Newton Cruz. Manifestação impressionante do poder popular, e cuja divulgação foi proibida, com todas as imagens colhidas na televisão.
A juventude e as mulheres estão nas ruas. Este novembro, por certo, se transformará na retomada da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Eles ainda vão resistir. Porém “o Povo unido, jamais será vencido”. Novembro é o marco da resistência.
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