Kamala Harris: ‘Vocês escolheram esperança, decência, ciência’

Kamala Harris: ‘Vocês escolheram esperança, decência, ciência’

Em seu primeiro discurso como vice-presidente eleita dos Estados Unidos, Kamala Harris fala da opção pela esperança, decência e ciência

‘Embora seja a 1ª neste posto, não serei a última’, afirmou Harris, primeira mulher a se tornar vice-presidente eleita no país. Festa da vitória acontece em estacionamento de Wilmington, no de Delaware.

Por Gabriela Sarmento e Gustavo Petró

A senadora Kamala Harris fez o primeiro discurso como vice-presidente eleita dos Estados Unidos na noite deste sábado (7), em Wilmington, no estado de Delaware.

Como primeira mulher, negra e filha de imigrantes a ser eleita para o cargo na do país, Harris dedicou parte de seu discurso para falar sobre as conquistas das e a importância de servir de exemplo ao assumir o posto no Executivo americano.

Harris começou o discurso citando uma frase do congressista John Lewis, pioneiro do combate ao que morreu em julho: “A não é um estado, é um ato”.

“O que ele quis dizer com isso é que a democracia americana não está garantida. A democracia é forte o suficiente quanto a nossa vontade de lutar por ela, guardá-la e nunca achar que ela vem de graça. Proteger a nossa democracia requer luta, sacrifício, mas há alegria e progresso nisso, porque nós, o , temos o poder para construir um melhor”, afirmou a vice-presidente eleita.

“Vocês asseguraram um novo dia para a América”, disse.

Apoiadores de Joe Biden e Harris estavam dentro de carros em um estacionamento de Wilmington. Muitos adultos e ouviram o discurso com bandeiras dos Estados Unidos e faixas.

Kamala agradeceu a equipe que trabalhou em sua campanha com Biden e os voluntários que trabalharam nos colégios eleitorais pelo país. Depois, ela se direcionou aos eleitores de maneira geral:

“Essa época tem sido desafiadora, principalmente nos últimos meses, a tristeza, a dor, as lutas. Mas também testemunhamos sua coragem, sua resiliência e a generosidade do seu espírito. Por quatro anos, vocês marcharam, se organizaram por igualdade, , pelas nossas vidas, pelo nosso planeta”.

“Depois, vocês votaram e enviaram uma mensagem clara. Vocês escolheram esperança, decência, ciência e, sim, verdade”, afirmou.

Kamala descreveu Joe Biden como “uma pessoa que cura, que une, uma mão firme, um homem com coração grande, que ama com desvelo”. Ela ainda afirmou que Jill Biden será uma “ótima primeira-dama”.

‘Não serei a última’

Fonte: G1

 

[smartslider3 slider=25]

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA