Na grande São Paulo, uma festa em um condomínio de classe média creio eu, pois não tenho mais detalhes dos acontecimentos, nem achei interessante pesquisar moradores, mas sim os fatos e criei minha opinião que acho relevante, embora a justiça tenha agido de forma diferente ; moradores foram parar numa delegacia de polícia.
A festa era de um rapaz aniversariante, onde o casal era de gays e provavelmente os convidados também são gays, pois é comum um grande número de rapazes ou moças se unirem para parabenizar o amigo, que no caso era namorado de um dos moradores do prédio, isso também não vem ao acaso do que quero me retratar . Não tenho nada contra quem quer que seja, cada um faz o que quer de sua vida e seu corpo, suas amizades.
Não sou pessoa preconceituosa de jeito algum, até tenho na minha família rapazes que se assumiram gays e até um morou na minha casa pois os pais não o aceitaram dentro de casa a partir do momento que se assumiu. Depois arrumou emprego e foi cuidar de sua vida, morar sozinho. Só para mostrar que nada tenho contra gays.
Agora o que me incomodou foi ” uma festa que era dentro do salão de festas para moradores, onde um senhor morador e proprietário com mais de 80 anos se sentiu incomodado com o som, barulho, algazarra e algumas atitudes expostas de contato físico de beijos masculinos; este senhor surtou com o que viu, foi até portaria reclamou, espraguejando, amaldiçoou aquelas atitudes…
Talvez o barulho, já passava das 22hs, talvez o apartamento dele ficasse muito próximo do evento e tudo isso ajudou. Este senhor entrou em discussão com o morador que fazia a festa para o namorado, então o aniversariante nem morar no prédio morava, neste contato com o morador que oferecia a festa discutiu com o senhor de 80 anos.
Este senhor puxou uma arma e atirou no rapaz, que segundo ele foi parar no hospital, precisou de uma pequena cirurgia e ainda perdeu 4 dentes! Imagino o horror ….. O senhor idoso, fez ameaças por escrito no livro de registro e ainda assinou…. jurou matar o rapaz pois um homem como aquele deve morrer e ele ia matar!!!! Demonstrou preconceito grave e uma tentativa de homicídio sim !
Mas veja bem, esta atitude foi erradissima sim, mas olha a idade do senhor para entender que os tempos mudaram, as coisas são livres… no seu tempo, homem não beijava outro homem em público, jamais, para ele é um afronta à Sociedade.
Mas entendo este senhor, e creio firmimente que as festas no condomínio deveria ter um horário para terminar, o som ser limitado, badernas e falta de respeito com moradores, em qualquer momento jamais deveria ocorrer .
A boa convivência depende do respeito ao próximo, então aí faltou o respeito. O que dizer a uma criança ou adolescente quando ver dois seres do mesmo sexo se beijando?? Não olhe, não se aproxime das janelas pra não ver o que está acontecendo lá no salão de festas ! Olha meu filho a sociedade é assim agora….não e não! Todos têm o direito de liberdade e jamais #libertinagem ! Acredito que se vc quer fazer uma festa e agir sem limites, fazer o que bem quer, então alugue um outro lugar! Seus vizinhos não são obrigados a ficarem limitados no espaço que também é deles.
Se todos soubessem o significado da palavra respeito, tudo seria evitado, os rapazes teriam comemorado com o aniversariante, moradores não teriam sido molestados. E tudo teria acabado bem! Este senhor foi preso, tomaram sua arma, e está impedido de entrar na sua residência, pois as autoridades decidiram que ele , o senhor deve se manter longe da vítima por 300 m de distância. Este senhor não poderá entrar no seu prédio, morar em seu apartamento nunca mais! Pois passou a ser uma ameaça aos moradores!
Achei também uma covardia dos outros condôminos ficarem sem opinar, espero que se junte ao senhor judicialmente, mesmo que ele seja um chatinho, pois com certeza muitos foram incomodados e convidados faltaram com o respeito a todos! Não acho que seja motivo de oprimir o agressor a ponto dele não poder entrar mais no prédio. A vítima se acha ameaçado pois o morador tem vindo ao prédio pegar seus pertences pois lá no seu apartamento não poderá ficar mais! Foi decisão da justiça!
Sendo assim que síndicos estabeleçam regras de boa convivência com seus moradores, inclusive pagar multas altas, caso falte com respeito aos seus vizinhos!
Pretendo morar em apartamento e gostaria
muito de ter tranquilidade de viver e conviver!
Acho que os rapazes não souberam usar de resiliência neste caso, talvez envolvidos pelas bebidas que é normal em qualquer festa de adultos e se esqueceram que não estavam em um local reservado! Esqueceram que embora o espaço naquele momento seja deles, mas um local público aos condôminos. Caso outros moradores se unissem a este senhor a coisa não teria chegado ao prejuizo e escândalos.
Sinceramente espero que autoridades e advogados conversem com todos os envolvidos, inclusive síndico que é uma autoridade dentro do condomínio! Que a felicidade e o bom senso volte a reinar para todos envolvidos pois o respeito faz parte de resiliência sim !!!! Texto de mvleutsinger, em 31/12/2020 Poá SP
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.
Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.
Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.
Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.
Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.
Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.
Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.
Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.
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