Lula, o Estadista: ‘Primeiro salvamos o povo, depois a economia’

Lula, o Estadista: ‘Primeiro salvamos o , depois a economia’ – O ex- cobrou ações do governo federal no controle da epidemia de coronavírus. Em uma live no Facebook, Lula pediu explicações sobre quais serão os de Jair Bolsonaro em meio à na saúde pública.

Do BR Hoje Notícias

Segundo Lula, o governo tem que “explicar quanto vai comprar e leito, quanto vai investir nos hospitais, quanto vai contratar de médico, ou seja, como que a gente vai fazer para evitar que o coronavírus possa virar uma coisa muito grave”.
Lula definiu como “patética” a entrevista coletiva que Bolsonaro deu ontem para falar sobre a contenção da covid-19 no Brasil. “O governo não estava preocupado em orientar a população, estava preocupado em se desfazer da imagem negativa que ele se permitiu criar de tanta bobagem que falaram durante essa ultima semana”, afirmou.
Lula  ainda disse que a prioridade no momento deve ser para com a vida das pessoas vulneráveis. “Depois que a gente salvar o povo, a gente discute como salvar a economia, como fazer o país voltar a crescer, como gerar emprego, como distribuir “, destacou.
Ainda falando sobre economia, ele exigiu que o governo tenha meios de garantir que as pessoas que estão afastadas do trabalho por medo de contrair o coronavírus não sejam demitidas. Além disso, ele sugeriu que autônomos e de aplicativos também recebam algum tipo de seguro durante o tempo que estiverem em casa.
Apesar das críticas ao governo federal, sobraram elogios para a ação da imprensa. “Todo sabe que eu sou muito crítico à imprensa mas tenho que reconhecer que se tem um serviço que prestou informação 24 horas por dia ao povo brasileiro, foi a imprensa”.
Lula também destacou por grande parte do tempo que as pessoas precisam ficar em casa, em isolamento preventivo e com hábitos higiênicos como lavar as mãos para se precaver do contágio do coronavírus.
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!