Lula presidente de honra da juventude trabalhista do Reino Unido

Lula presidente de honra da juventude trabalhista do Reino Unido

Bela homenagem: Lula é nomeado presidente de honra da juventude do Partido Trabalhista do Reino Unido

Publicado por Redação RBA

Juventude trabalhista homenageou ex-presidente como um verdadeiro lutador contra as desigualdades no mundo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da foi nomeado presidente de honra da juventude do Partido Trabalhista do Reino Unido. Ele agradeceu o reconhecimento em enviada ao congresso da legenda e disse que, aos 73 anos, se sente mais jovem com essa homenagem. “Essa homenagem prova, antes de tudo, que só é velho quem abandona seus sonhos de juventude, e eu jamais abandonarei os meus. E prova também que as injustiças estão em qualquer parte, e que a luta dos é a mesma no mundo inteiro”, escreveu.

Lula destacou ainda que os trabalhistas precisam enfrentar a lógica da austeridade, “palavra mágica e maldita que os ricos de qualquer lugar do usam para roubar direitos e conquistas da classe trabalhadora”. O ex-presidente ressaltou que os políticos neoliberais defendem essa tese enquanto desmontam o e ficam cada vez mais ricos, deixando os pobres cada vez mais pobres. “É assim no Reino Unido, é assim novamente no desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e a posterior eleição de um governo de ”, lembrou Lula.

Apesar disso, o ex-presidente afirmou que não vai desanimar e vai seguir lutando pelos sonhos de todos os jovens. “As consequências da ascensão da extrema-direita no Brasil são sentidas na carne pelo nosso povo, e também traduzidas para o mundo inteiro através das imagens da em chamas e de helicópteros da Polícia atirando contra as comunidades mais pobres no Rio de Janeiro. Tudo isso me causa imensa dor, mas não me faz desistir. Um dia a será restabelecida, e sairei da prisão ainda mais disposto a lutar pelo sonho de todos nós, jovens de todas as idades: a construção de um mundo melhor”, disse.

“Fui líder sindical, ajudei a fundar o (PT), tive a honra de ser eleito e reeleito presidente do meu país. Nunca antes um operário havia chegado à Presidência do Brasil. Por isso eu precisava provar que a classe trabalhadora é capaz de governar, e precisava provar também que governar para todos, mas cuidando com mais carinho dos mais necessitados, será sempre o melhor caminho para a construção de um país mais desenvolvido e mais justo”, concluiu Lula. A carta na íntegra está no site do PT.

Fonte: RBA

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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