Lula, mais que uma pessoa, mais que um líder: um projeto para o Brasil

Lula, mais que uma pessoa, mais que um líder: um para o

Por: Emir Sader –

“Há de haver no mundo certa quantidade de decoro, como há de haver certa quantidade de luz. Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outros que têm em si o decoro de muitos homens. Estes são os que se rebelam com força terrível contra os que roubam aos povos sua , que é roubar-lhes seu decoro. Nesses homens vão milhares de homens, vai um inteiro, vai a dignidade humana.” (José Martí)

Há pessoas que representam, simbolizam o que pior pode ter uma sociedade, assim como há outras que simbolizam, representam o que essa sociedade tem de melhor. Há os que significam a rapina do patrimônio publico, a devastação dos direitos do povo, a degradação da estima e da de todos. E há os que expressam a esperança de que o pais possa recuperar e fortalecer seu patrimônio, que possa recompor os direitos de todos a uma digna, que possa voltar a aparecer para todos como o pais que comanda a contra a fome no mundo


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Há quem fale em nome da minoria de banqueiros que governa o pais, mas ha quem fal em nome do povo, vitima desse governo. Ha’ quem tenha pânico do povo e quem tem esperança no povo.

Quando anunciou sua primeira Caravana, a direita ficou na expectativa, calou, censurou, fingir desconhecer, até que se deu conta do sucesso inquestionável. Só publicou fofocas menores, não teve coragem de publicar as milhares de fotos do Lula nos braços do povo, porque além de difundir a consagração definitiva do Lula, representa o fracasso da maior campanha de tentativas de destruição da imagem de um líder politico brasileiro.

Nem bem a Caravana do Nordeste tinha terminado, a direita usou os instrumentos que tem: a calunia, as acusações sem fundamento, difundindo uma suposta nova definitiva do Lula, que so durou até a pesquisa seguinte, que mostrou que quem decide da vida e da morte dos lideres é o povo.

Agora, diante do iminente sucesso da Caravana do Lula por Minas, ao lado dos sucessos das reuniões que o Lula têm feito, especialmente em São Paulo, a direita não esperou e desatou, desde já, nova onda de acusações sem fundamento contra  Lula. Tentam se precaver, se prevenir, para ver se conseguem neutralizar as repercussões sensacionais que vem por ai com a nova Caravana. Tentam ocupar os espaços midiáticos para justificar seu silencio diante da recepção que o povo de Minas vai dar ao Lula.

A direita não aprende dos seus erros e tropeços, porque ficou reduzida a isso: às calunias, à reiteração de suspeitas sem fundamento. Depois de 3 anos de caçada tentando destruir a reputação do maior líder politico da historia brasileira, ficam reduzidos a tentar provar algo pífio a respeito de um recibo, mesmo assim desmentido reiteradamente. Ficaram reduzidas a isso todas as acusações contra o Lula, ao final de três anos de difamações.

Porque acontece que o Lula não é uma pessoa, não é apenas um líder. Lula representa um projeto para o Brasil. Um projeto que ja começou a ser construído nos primeiros 12 anos de governos do PT, no primeiro capitulo de construção de um pais menos injusto, mais humano e solidário.

Lula representa, aos olhos do povo, a dignidade, os direitos, a auto estima, o orgulho de ser brasileiro, a possibilidade de se voltar a ser feliz. É isso que está espelhado nos olhos que dos que vêem no Lula um passado melhor, um presente de luta e um futuro de esperança.

E isso não se destrói com propaganda enganosa, com denuncias inverídicas, com artigos anunciando o fim de um líder que se tornou perene pela sua historia e pela obra política que começou a construir. O pânico se apodera da direita quando se dá conta que não consegue impedir que a construção de um país democrático e justo só começou com o primeiro capítulo de governos do PT.

Não se dão conta que um homem que representa um projeto para o pais, é indestrutível. Que quanto mais o odeiam, mais fortalece, no povo, o desejo insuperável não apenas de protegê-lo, de defendê-lo, mas de levar esse projeto a mais uma vitória. E esse projeto tem um nome, tem uma fisionomia, tem uma voz, tem um passado, um presente e um futuro para o Brasil.

Lula ricardo stcuckertFoto: Ricardo Stuckert

ANOTE AÍ:

Título original desta matéria: Lula, os sertões e as veredas.

Fonte originária desta matéria: https://www.brasil247.com/pt/blog/emirsader/323540/Lula-os-sert%C3%B5es-e-as-veredas.htm

Emir Sader: sociólogo, membro do Conselho Editorial da revista Xapuri. www.xapuriinfo.dream.press/revista

Não foi possível identificar a autoria da foto de capa,  que imaginamos seja de Ricardo Stuckert. Se a autoria for de outra pessoa, pedimos por gentileza que nos avisem para que possamos fazer o devido reparo.


 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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