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Matopiba: O Agronegócio violentando a Vida

Matopiba: O Agronegócio violentando a Vida –

Por Daniela Stefano
Englobando áreas de quatro estados brasileiros – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia -, o Matopiba começou a ser delimitado pelo governo federal para o agronegócio em 2013.A região compreende o bioma Cerrado, cobre uma área de aproximadamente 2 milhões de km² e é lar de 5% da biodiversidade do planeta Terra, de indígenas, quilombolas, agricultores familiares e populações que mantêm um modo de vida tradicional. São cerca de cerca de 25 milhões de pessoas espalhadas em 1,5 mil municípios.Com tamanha complexidade e importância nacional e internacional, o território é impactado pelo agronegócio e pela especulação de terras. Consequentemente é marcado por ações de resistência e sobrevivência.Neste especial Matopiba: o capital acima da vida você confere a reportagem radiofônica do Brasil de Fato que participou da Caravana Matopiba formada por pesquisadores e ativistas dos direitos humanos e ambientais, e conhece um pouco mais destas histórias de luta travadas na região do sul do Piauí. Confira!

CAPÍTULO 1: O CERRADO E O PROGRAMA MATOPIBA

O Cerrado é considerado a savana mais rica do mundo por sua biodiversidade e abrangência, além de ser a terra de três grandes aquíferos: o Guarani, o Bambuí e o Urucuia.No entanto, a modernização da agricultura no começo dos anos 80, o avanço do agronegócio a partir de 2000 e a força da especulação com terras, acirrada a partir de 2008, põe o Cerrado e as comunidades que ali habitam em risco de extinção.Conheça um pouco mais desta realidade no primeiro capítulo do radiodocumentário O capital acima da vida.

CAPÍTULO 2: CONFLITOS POR TERRA

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2016, foram registrados 636 conflitos por terra e outros 109 relacionados à água na região do Matopiba. São os números mais altos em 20 anos.No sul do Piauí, as poucas famílias que ainda lá permanecem vivem em circunstâncias que envolvem diferentes graus de intimidação, assédio e violência física.Neste segundo capítulo do especial O capital acima da vida conheça a realidade da comunidade Sete Lagoas, no município Santa Filomena. Lá, os moradores lutam pelo reconhecimento como território indígena, uma vez que são descendentes do povo Gamela, e sofrem constantes violências, entre elas, o episódio em que eles próprios foram obrigados a derrubar suas casas a mando de funcionários de uma fazenda. Confira!

CAPÍTULO 3: A TERRA COMO MERCADORIA

O interesse de estrangeiros por terras no Brasil faz com que o chão para plantar alimentos seja visto como mercadoria. Consequentemente, tratar a terra como negócio faz com que seu preço aumente exorbitantemente.Fundos de pensões dos Estados Unidos, Alemanha, Suécia e Holanda são alguns dos que investem e lucram com a compra e venda de terras das comunidades tradicionais no sul do Piauí.Neste terceiro capítulo do especial O capital acima da vida você acompanhar mais sobre a relação do capital estrangeiro e os grandes projetos do agronegócio ali localizados. Confira!

CAPÍTULO 4: REGULARIZAÇÃO DE TERRA PARA QUEM?

As famílias que vivem nas comunidades tradicionais na região piauiense do Matopiba não possuem títulos de propriedade; vivem como posseiros em terras categorizadas pelo Estado como devolutas.Para a resolução de conflitos, a principal resposta até agora foi a aprovação, em 2015, da lei de regularização de terras, implementada com o apoio do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).Mas críticos da lei compreendem que até mesmo a regularização individual das famílias que ali moram possa beneficiar as grandes empresas agrícolas. Entenda mais neste quarto e último capítulo do radiodocumentário (em breve).

Fotos da Caravana

Caravana Internacional Matopiba

Durante dez dias, 34 pesquisadores e ativistas de sete nacionalidades visitaram comunidades do sul do Piauí impactadas pelo projeto Matopiba que expulsa os agricultores familiares em nome do desenvolvimento de poucos.

O grupo ainda verificou o abandono do poder público, o impacto dos agrotóxicos nessa região e as áreas de investimento estrangeiro.

Foto: Rosilene Miliotti / FASE

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