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Pela primeira vez, Ministério da Cultura levará empreendedores do Hip Hop para rodadas de negócio fora do Brasil

Ministério da Cultura levará empreendedores do Hip Hop para a Argentina

Ministério da Cultura levará empreendedores do Hip Hop para a Argentina

Pela primeira vez, Ministério da Cultura levará empreendedores do Hip Hop para rodadas de negócio fora do Brasil – Inscrições para participar do MICA 2023, na Argentina, vão até 31 de março

Via Ministério da Cultura

O Ministério da Cultura lançou o primeiro Edital exclusivo que vai selecionar 90 empreendedores culturais para participarem da 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (MICA). Pela primeira vez, uma seleção pública da pasta levará realizadores do Hip Hop para rodadas de negócios e atividades formativas fora do país. O MICA 2023 acontecerá entre os dias 1º e 4 de junho, no Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires. 

O valor total de R$ 793 mil destinado ao Edital será utilizado para viabilizar a ida e a permanência dos selecionados, bem como o retorno ao Brasil. As inscrições estão abertas até às 18h do dia 31 de março de 2023 neste link. Até o momento, foram recebidas mais de 300 inscrições.

Na área do Hip Hop podem concorrer produtores(as), grupos, companhias, coletivos, associações, cooperativas, redes, agentes, corpo técnico e artistas, performance e projetos multidisciplinares envolvendo os elementos do Hip Hop: Breaking Individual/Grupo; DJ Individual/Grupo/Beatmakers; Graffiti; MC/Beatbox Individual/Grupo; Batalhas (MC’s, Beatbox, Beatmakers, Breaking e DJ); e outros projetos multidisciplinares (Debate, Exposição, Intervenção Artística, Vivência em Podcast, Literatura, Palestra, Sarau ou Slam).

O chamamento público também está aberto aos empreendedores culturais e criativos do audiovisual, circo, dança, teatro, design (incluindo moda), editorial, música e games. 

Inovações

Outra novidade é que, pela primeira vez em editais de Mercados Criativos voltados à seleção de empreendedores culturais, as artes cênicas estão em setores separados. A mudança pretende garantir a mesma quantidade de vagas dos demais setores para o teatro, a dança e o circo, que até então “competiam” pelas vagas dentro do setor das artes cênicas.

Para tornar a seleção mais democrática, o Ministério da Cultura estabeleceu critérios regionais para liberação dos recursos que irão custear os gastos com a viagem. Cada pessoa selecionada receberá o valor de apoio correspondente à região em que mora (centro-oeste, nordeste, norte, sudeste ou sul), devendo apresentar comprovante de residência para permitir a verificação da informação. Será contemplado (a), pelo menos, um (a) empreendedor (a) por região brasileira, em cada setor, respeitando os critérios de pontuação do Edital. 

Internacionalização

A chamada pública dá sequência à política de promoção internacional da cultura brasileira, estimulada pelo governo do presidente Lula. Com o evento, os Ministérios da Cultura brasileiro e argentino esperam impulsionar encontros entre os desenvolvedores, programadores, editores, diretores, produtores, técnicos e demais gestores culturais de todos os setores. 

Regulamento

O regulamento completo do Edital também está disponível neste link. Um tutorial para efetivar a inscrição está disponível clicando aqui. No registro, os empreendedores culturais deverão escolher o perfil de participação (vendedor ou comprador). Entre os critérios de avaliação estão a diversidade, a representatividade, a inclusão e a criatividade das propostas. 

MICA

Criado em 2011, o MICA é o evento central do sistema de políticas públicas voltado exclusivamente para a comercialização de produtos e serviços, e para o fortalecimento dos setores das indústrias culturais na Argentina e a nível internacional. O Mercado tem uma programação pensada para o fortalecimento dos vínculos institucionais, comerciais e artísticos entre países. Visa também a estimular reuniões entre instituições governamentais de cultura da Argentina e de outras nações, e incentivar a celebração de acordos de cooperação entre instituições culturais públicas e/ou privadas. Acesse o site oficial do evento para mais informações www.mica.gob.ar

 

Outras informações:

Assessoria de Imprensa – MinC

Sheila de Oliveira

imprensa.minc@cultura.gov.br

(31) 99246-2687

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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