Covid-19: Não importa! Eu quero vacinar

: Não importa! Eu quero vacinar

 
Um bem humorado e informativo sobre as vacinas contra o Covid. Não importa de onde, efeito colateral, não importa nada! O importante é podermos nos vacinar
 
Gente,
 
Eu tô muito ansioso com essas vacinas. Muito. Falam cada coisa fantástica sobre elas… Tô que não me aguento.
A Russa muda o DNA. Meu !! Olha isso: MUDA O DNA DA GENTE!! Que maravilha. Imagina você tomar uma vacina, dormir ser humano e acordar lhama? Acho de uma direção de … Que coisa incrível. E a possibilidade de você dormir pessoa e acordar tipo, sei lá, uma seborreia, um ipê, um platelminto?? Meu Deus… fiquei desoxirribonucleico de desejo e vontade.
A da Pfizer precisa ser conservada em temperaturas mais baixas que minhas conversas de Whatsapp pedindo nudes. Então já que especialistas preveem que as vacinas serão ministradas em duas doses é legal a gente fazer um combinadão de vacina Russa com a de Pfizer, né? Você toma a primeira e reza pra se transformar em um pinguim, aí pode tomar a injeção da segunda dose, que estará a cacetocentos graus negativos, sem ter uma necrose picoléniana no braço. Gosto. Agora se você for transformado em algum ser tropical já era… Por via das dúvidas deixe uma declaração solicitando que só aceita injeções Pitaya na nádega. Perder meia banda de bundah é suave.
A da China muda o sexo das pessoas. Imagina só: Você em um dia tá operando a sua fimose aí toma uma trocinho diferente pra se imunizar contra uma gripe e páh, tá lá tendo que comprar um sutiã sem arame no bojo e colocar um DIU. Aí toma a segunda dose e tá lá o pinto desfimoseado novamente. Que coisa mais empática, né? Uma vacina pra te colocar no lugar do outro. Você vai se proteger da covid e vive um SE EU FOSSE VOCÊ particular. A GLOBOFILMS tem que ver isso aí. Tomaria só pra engravidar. Curiosidade.
A vacina de CUBA vai ser espetacular. Cuba arrebenta na área de , né? Mas a galera que acha que a é plana vai dizer que a vacina cubana transforma as pessoas em comunistas e espalham melasmas em forma de Che Guevara pelo dos vacinados. Sofrerá muitos ataques preconceituosos, ma será disputadíssima.
Gente!! Pelas teorias desse povo só falta a vacina de HOGWARTS, que na primeira dose te transforma em MURTA QUE GEME e na segunda você vira um EXPECTO PATRONUM. É leviÔsa e não leviosá, né mores??
Eu, que já tomei de um tudo nessa ( menos coisas ilegais. Sou muito mimoso) digo uma coisa pra essas vacinas: Quero.
Me dá.
Tô pronto.
P.s: Tão dizendo que o Paraguai tá fazendo uma também. Feita com chá de sete ervas, cogumelo do sol, porangaba e Raíto del Sol. Não covid, falsíssima, né? Sorry hermanos. Mas dizem que emagrece. Também quero. A beça.
 
Fonte: Facebook
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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