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Nationwide strikes in Brazil begin today

Nationwide strikes in Brazil begin today

A nation wide strike will occur this Friday (April 28) in Brazil, popularly called “Greve Geral” or “General Strike” by Brazilians. The strike was originally planned by the country’s largest union organizations in protest of the federal government’s proposed alterations to labor and pension laws, spearheaded by President Michel Temer, who took the presidency after Brazil’s last president, Dilma Roussef, was impeached.

Because of the strike it is expected that public transportation, banking services, post offices and schools will be shut down throughout Brazil. Other services such as public hospitals and police will also see a severe reduction.

Strikes are frequent in Brazil, however it is not so common to see different unions calling for services to be paralyzed at the same time. In this case, not only are multiple sectors adhering to the same shut down, they are doing it for the same reasons. This generalized revolt can be attributed to the lack of support for Temer’s government and its reforms.

With a mere 10% approval rate according to some polls, Temer is quite possibly Brazil’s least popular president in history. Thus, large segments of society not traditionally participant in strikes will also be participating.

Churches of different faiths have been mobilizing their followers to support the movement and many traditionally conservative Catholic schools in Brazil have been announcing that they will not be opening their doors on Friday. The hashtag #EuApoioaGreveGeral (I support the General Strike) has skyrocketed to the top of trending topics on Twitter in the last few days.

In the Capital, Police stockpile teargas in preparation

In Brasilia, the State Government has ordered the closing of the ‘Esplanada dos Ministérios’, main access way to government buildings, where thousands are expected to appear tomorrow for protests. On Thursday morning,  Armed Forces have been seen setting up barricades in the area and accumulating crowd control gear in preparation for probable confrontations with protesters. Just days ago tear gas was used to repel hundreds of indigenous that were protesting anti-indigenous policies which they argued to be “genocidal”.

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Brasilia – Police use teargas on indigenous protesters (Wilson Dias/Agência )

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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