Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.
O mais do mesmo

O mais do mesmo

O mais do mesmo

Os americanos e a aliança militar pró ocidental – OTAN – estão produzindo um de guerra usando a Ucrânia como pretexto. Como já fizeram em outros momentos. Essas movimentações são sempre muito bem orquestradas e sempre são parte da geopolítica global do Império…

Por Juca Ferreira/via Mídia NINJA

Contam com a mídia internacional, a cumplicidade de muitos governos, de líderes e partidos neoliberais, do _mercado_ e de toda a mundial para produzirem as condições desejadas.

Todo mundo cooperando e fingindo que não sabem que é uma ação premeditada e maquiavélica.

Estão neste momento precisando de um clima de guerra fria para vender armas; reforçar a influência norte-americana no mundo; recauchutar as hegemonias políticas em declínio em países alinhados com a geopolítica global do Império; desequilibrar as correlações de força desfavoráveis em países e regiões inteiras e principalmente para tentar fazer frente ao crescimento e ampliação da influência chinesa no mundo.

Na paz, os chineses são imbatíveis e caminham para ser o polo global com maior capacidade de atração e influência e os EEUU, leia-se o capitalismo ocidental, não demonstra fôlego para fazer frente ao vertiginoso crescimento econômico, tecnológico, diplomático da China.

Querem com esse clima de guerra melar o jogo, criar artificialmente uma perimetral ideológica, um muro para proteger o território global sob a influência dos EEUU e instalar bases militares nas fronteiras dos inimigos e adversários.

Essa tentativa de reedição da guerra fria vai acabar tendo repercussão por aqui, na .

Aumento da , reforço do anticomunismo residual originário de eras passadas, legitimação de novas ditaduras e tentativa de inviabilização das frágeis democracias e, principalmente, tentativa de aumentar a subalternidade de toda a região aos americanos.

Querem nos transformar em um quintal definitivo, garantir toda a região como massa de manobra, mercado cativo e subalternos fiéis. Verdadeiras colônias.

Temos que vacinar o e toda a região contra o vírus do golpismo e fortalecer a consciência da importância da soberania nacional.

[smartslider3 slider=51]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA