Papa Francisco Pede por Proteção da Amazônia

Papa Francisco Pede por Proteção da

A ação do Papa ocorre em meio a tensões no

Em uma ação altamente simbólica, o Papa Francisco abençoou as águas da Amazônia em Villavicencio, na Colômbia. Em seu discurso aos bispos em Bogotá, o Papa Francisco disse: “é para todos nós uma prova decisiva para verificar se a nossa , quase sempre reduzida ao materialismo e pragmatismo, é capaz de proteger o que recebeu gratuitamente, de não roubá-la, mas de torná-la frutífera”.

A ação do Papa acontece em meio a tensões no Brasil, como novos movimentos para abrir uma grande parte da Amazônia para mineração e outras indústrias extrativistas. Em julho, o governo Temer  propôs um projeto de lei para cortar a proteção de áreas da Nacional de Jamanxim em 27%. Em agosto, o Governo Temer emitiu um decreto para abrir áreas da Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados) para mineração.

O Congresso não retomou o projeto de lei para reduzir a proteção na Floresta Nacional de Jamanxim. A abertura da Renca foi interrompida por um tribunal federal alguns dias após o anúncio. O Governo Temer continua explorando métodos alternativos para abrir a Amazônia para mineração.

Líderes católicos, guiados pelos ensinamentos do Papa Francisco, estão empenhados em proteger a integridade da Amazônia e o bem-estar de seus povos. O Movimento Católico Global pelo , juntamente com a REPAM e outras organizações parceiras  desenvolveram uma vigília pela a Amazônia, encorajando os fiéis a rezar e responder às últimas notícias sobre a da Amazônia. A vigília faz parte do Tempo da Criação, uma celebração mundial de orações e ações pela proteção do .

Segundo Tomás Insua, diretor executivo do Movimento Católico Global pelo Clima, “A Amazônia é uma das maravilhas naturais do mundo. Aqui encontramos todas as glórias da Criação de Deus: a bela variedade de vida, aabundância de flora e fauna e, o mais importante, a nossa responsabilidade de cuidar e protegê-la”.

Insua continua: “A Amazônia é essencial para a saúde geral do nosso planeta. Produz 20% de todo oxigênio do mundo e armazena milhões de toneladas de . Como o Papa Francisco disse na Laudato Si’, somos chamados a ‘ouvir o grito da e do grito dos pobres’. Proteger a Amazônia é certamente parte da resposta ao chamado urgente do Papa Francisco para cuidarmos da nossa casa comum”.

Papa Francisco Colombia ACI DigitalFoto: ACI Digital

ANOTE AÍ:

Movimento Católico pelo Clima é uma rede global de mais de 400 organizações membros e uma comunidade de milhares de católicos, respondendo ao apelo do Papa à ação na encíclica de Laudato Si.

Silvia Dias, Rita e Flávia Guarnieri
AVIV COMUNICAÇÃO – 11 4625-0605 / 4625-0404

Esta matéria nos foi gentilmente cedida por Rita Silva, da Aviv Comunicaçao www.avivcomunicacao.com.br 

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA