Reforma da Previdência: A maior tungada…

Reforma da Previdência: A maior tungada já feita no bolso da população, de deixar o Plano Collor restrito ao juizado de pequenas causas?

De onde vem e para onde irá o R$ 1,3 tri


Reforma de Guedes vai atingir os indefesos para atender aos bem relacionados.

Do: Monitor Digital twitter.com/sigaomonitor

Ao dizer que a reforma da Previdência renderia uma de R$ 1,3 trilhão em dez anos, o ministro Paulo Guedes pode ter errado na conta, ter contado uma lorota aos investidores internacionais ou então ter anunciado a maior tungada já feita no bolso da população, de deixar o Plano Collor restrito ao juizado de pequenas causas.

Como Guedes, por sua formação e qualificação, não erraria nas contas, nem está em sua índole contar mentiras, resta a terceira opção. O que o ministro propõe é um corte médio anual de R$ 130 bilhões. Quem perderia essa fábula de dinheiro? Os privilegiados?
Pelas contas dos defensores da reforma, o déficit na Previdência dos militares somava, em 2018, R$ 40,5 bilhões até novembro. Pela média, fecharia o ano em R$ 44 bilhões. Os servidores civis acumulavam déficit pouca coisa maior, de R$ 43 bilhões, o que daria R$ 47 bilhões ao final de dezembro.
Somados, R$ 91 bilhões. Assim, ainda que Paulo Guedes jogasse uma bomba arrasa quarteirão e abatesse ambos os déficits, sobrariam R$ 39 bilhões para serem arrecadados com os aposentados e pensionistas do Regime Geral (aposentadoria média paga pelo INSS é de R$ 1.271,00).
Os militares admitem sacrifícios, mas só na “segunda fase” da reforma… quem sabe em 2080. Ninguém imagina que o alto escalão do Judiciário abra mão de algo mais que migalhas (no Rio de Janeiro, em 2017, enquanto o funcionalismo ficava dois meses sem receber, juízes e desembargadores tiveram adiantamento na véspera do ).
Sobrará para o aposentado do INSS e parte do funcionalismo menos mobilizado. O destino do R$ 1,3 trilhão, porém, ninguém tem dúvidas: irá para o pagamento da dí federal. É como jogar um copo d’água na areia; o pagamento de juros e amortizações somou mais de R$ 1 trilhão apenas em 2018.

Fonte:
https://monitordigital.com.br/de-onde-vem-e-para-onde-ir-o-r-1-3-tri?


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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