Pesquisar
Close this search box.

Tributo à Mulher

Tributo à Mulher
 
Homenagem de Gustavo Dourado pelo Dia Internacional da Mulher
 
Flor brota no mês março
Despertar da fantasia
Mulher em prosa e verso
Multiversos, poesia
Despetala o sentimento
Coração pulsa alegria
Mulher é mãe natureza
Floresce o encantamento
Mulher que amor inspira
Ilumina o pensamento
Mulher é árvore da vida
Frutifica o sentimento
Mulher é vivacidade
Natureza em sintonia
Soma da vitalidade
Sementeira de alegria
A mulher reluz na noite
Que germina a sinfonia
Mulher é constelação
Galáxia da infinitude
Estreluz voz libertária
Sabedoria, atitude
Floresce na madrugada
Pelas noites da virtude
Mulher é eternidádiva
Navegante atemporal
É saudade transmutante
Fraternidade vital
Poesia que nos nutre
Com o leite essencial
Mulher é hierofanta
Ternura-epifania
É lâmpada tāo radiante
É estrela que nos guia
Amor em prosa e verso
Quintessência da poesia
Mulher é sol plenitude
É gênese que alimenta
Criativa, luminosa
É vida que amamenta
Mãeterna que nos procria
Natura que sapienta
Mulher é flor q concebe
Artesã do movimento
É deusave em harmonia
É nave que voa no vento
Na sintonia da ternura
Estrelua do firmamento
Mulher lume diamante
Constelação magistral
Nas lutas de cada dia
Divindade maternal
A mulher na eternidade
Luz infinitesimal…
A mulher faz o caminho
Arte-vida, nascimento
É mãe de Jesus.Gandhi
Einsteiniano talento
É dela q nascem homens
As luzes do pensamento
A mulher é gen.semente
Germina a humanidade
Mulher a brotar a vida
A nova sociedade
Toda mulher tem a graça
Com mulher há liberdade
Das mulheres nasceram
Cristo, Lennon e Maomé
Luther, Dumont, JK
Castro Alves e Pelé
A mulher faz a história
Com amor, trabalho-fé
Da mulher tudo provém
Até mesmo a divindade
Desconfio q nos deuses
Haja flor, feminilidade
Nas costelas da mulher
Transmuta a felicidade
Foi no umbigo da mulher
Que germinou a panaceia
Bem no olhar da pitonisa
E na boca de Almathea
No coração do planeta
O palpitar de mãe Rhea
Salve sempre a mulher
Minuto-hora, dia e ano
Mulher q o amor inspira
Nas mulheres do oceano
As amazonas das águas
Mulher em primeiro plano
Mulheres homenageio
Com amor e sentimento
A mulher que nos guia
Estrela do pensamento
Multiversa infinieterna
Nas luzes do firmamento
Mil flores às mulheres
Com amor e dedicação
Mulheres na natureza
São mais beleza em ação
A eternidade é mulher
Num infinitom coração
Foto: Instituto Humanitas
Pode ser uma imagem de 4 pessoas e texto

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

 
 
 
 
0 0 votos
Avaliação do artigo
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 114
REVISTA 113
REVISTA 112
REVISTA 111
REVISTA 110
REVISTA 109
REVISTA 108
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes

×