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Você sabia que plantas gritam quando estão estressadas?

Você sabia que plantas gritam quando estão estressadas?

Você sabia que plantas gritam quando estão estressadas? 

As plantas não só são seres vivos, como também conseguem se comunicar com a natureza por meio de sons. E como isso funciona? Segundo uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv, em Israel, plantas como os pés de tabaco e de tomate emitem frequências supersônicas para revelar que estão estressadas.
Por Pedro Freitas/via Mega Curioso
Esses sons costumam ser reproduzidos devido a falta de água ou o excesso de luz. Alguns animais e outras plantas são capazes de escutar esses ruídos, algo que não é possível através da audição humana, uma vez que a frequência dos sons ultrapassa a nossa capacidade sonora. Entenda mais sobre o cotidiano das plantas!

Pedido de ajuda

(Fonte: Shutterstock)

Para obter mais dados sobre o seguinte cenário, o estudo foi conduzido dentro de estufas. Todas as plantas foram dividas em dois grupos: uma parte receberia tratamentos adequados e condições ideais de temperatura e luz, e a outra metade seria submetida a altos níveis de estresse recebendo menos água e luz.

Na tentativa de ouvir o som que as plantas reproduziriam, os pesquisadores utilizaram microfones com captação de frequências entre 20 khZ e 150 khZ, destacando que o primeiro número representa o limite agudo da audição humana. Ao longo dos dias, resultados curiosos foram aparecendo.

Os cientistas notaram que as plantas criadas no primeiro grupo, tratadas em condições normais, emitiam ondas de alta frequência uma vez por hora. Por outro lado, os espécimes colocados para viver em uma situação de estresse mantinham uma “gritaria” constante, como um chamado de socorro, por tempo indeterminado — mas não podia ser ouvido pelos humanos.

Cavitação

(Fonte: Shutterstock)

Na visão dos estudiosos, é provável que as plantas emitam ruídos por meio de um processo chamado de cavitação. Principalmente nos períodos de seca ou quando uma planta sofre um ferimento, elas costumam desenvolver bolhas que explodem no xilema — o tecido vegetal responsável por transportar água e outros minerais.

Essa explosão causa uma vibração nos vegetais que acaba sendo interpretada por nós como um “grito”. A pesquisa também indica que as plantas emitem diferentes tipos de ruído para os mais variados tipos de estresse que podem sofrer, o que seria um grande indicador para agricultores e também cientistas.

Em seu documento, os pesquisadores de Tel Aviv afirmaram que essas descobertas podem ser capazes de mudar a maneira como pensamos no reino vegetal, uma vez que esses seres vivos eram considerados silenciosos até agora. Dessa forma, a interpretação desses ruídos poderia facilitar a qualidade da irrigação das plantas e prover um novo tipo de indicador para a saúde delas.

Por fim, esses dados também seriam úteis para reduzir o consumo de água e aprimorar o controle de luz nas fazendas e no campo. Dessa forma, é capaz que novas tecnologias passem a aparecer nos próximos anos para mostrar aos produtores rurais uma nova realidade.

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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