A selfie de Jesus é racista, pô!
O cineasta britânico Duncan Thomsen acaba de viralizar selfies ditas “ultrarrealistas”, que ele criou na plataforma Midjourney. Entre os retratos, um de Napoleão, outro de Cleópatra, e, acredite se quiser, um de Jesus Cristo com os discípulos, Ele branco, loiro, de olhos azuis, rindo a bandeiras despregadas (foto acima).
Por ACQ
Depois das evidências da inépcia dos programas de Inteligência Artificial ao desenhar mãos humanas, saiu mais uma prova de que esses programas não são tão inteligentes assim.
O problema é que ninguém até hoje provou provada, na chincha, a existência física de Jesus. Como então saber como ele era? Esse não é um problema para quem tem fé à maneira de Paulo, pois o apóstolo dizia que o reino do patrono da Igreja que ele fundou não é deste mundo.
Mas, se Ele ressuscitou – uma ideia que os gregos epicuristas da época taxaram de “louca” –, é claro que dEle não sobrou nem um ossinho com amostras de DNA, o que, convenhamos, dificulta a determinação da cor de Sua pele. Ainda bem que a arqueologia está aí para resolver a questão: na hipótese de ter existido em carne e osso o Yeshua do Novo Testamento, obviamente, Ele teria sido um judeu da Galileia, e os judeus daquela época e lugar eram negros. Jesus, portanto, não era branco nem loiro nem tinha olhos azuis. Era preto!
Ao compor a selfie de Jesus, o programa utilizado pelo cineasta Duncan Thomsen reuniu séculos de informações preconceituosas sobre o suposto Jesus histórico. Quase todos os pintores europeus O retrataram com a cara do Robert Powell ou do Diogo Morgado, loiro, loiro!
O Duncan poderia ter ponderado as informações disponíveis para controlar a composição feita pela máquina. Teria sido muito mais “realista”. Em vez disso, preferiu pescar nas águas turvas da Rede um retrato parecido com a sua própria imagem e semelhança – de britânico loiro do zói azul.
Autor: ACQ. Foto de capa: Duncan Thomsen – Plataforma Midjourney. Este artigo não representa a opinião da Revista e é de responsabilidade do autor.