Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

“O genocida Witzel assassina mais um menino”

“O genocida Witzel assassina mais um menino”

Kelvin trabalhava como motoboy. Com seu salário, comprou uma roupa e foi levar o pagamento para o vendedor…

Sob as ordens do governador Wilson Witzel, a polícia do Rio de Janeiro assassinou mais um menino, Kelvin Gomes, 17 anos, vítima de bala perdida em operação policial no Irajá, com policiais – autorizados perlo governador genocida – atirando em ambientes públicos.
Kelvin trabalhava como motoboy. Com seu salário, comprou uma roupa e foi levar o pagamento para o vendedor.
Até quando vão permitir esse genocídio?
Comentário de Valderlene:
Só corrigindo: não existem “balas perdidas” EXISTE AS BALAS DO FUZIL DISPARADAS PELO EXÉRCITO QUE MATARAM O MÚSICO EVALDO ROSA (Mais de 80 tiros foram disparados pelo exército contra o carro. EXISTE A BALA ASSASSINA QUE MATOU MARIELLE E ANDERSON POR MILICIANOS LIGADOS A POLÍCIA E A FAMÍLIA DE UM PRESIDENTE DA REPUBLICA. EXISTE A BALA ASSASSINA QUE MATA MILHARES DE JOVENS EM COMUNIDADES POR DIA CONTRA UM INIMIGO QUE TEM CLASSE SOCIAL E COR. TEM UM ESTADO OPRESSOR E ASSASSINO QUE TORTURA E MATA PESSOAS EM CARCERE PRIVADO COM APOIO DO MINISTRO DA JUSTIÇA DO PRESIDENTE E DA SOCIEDADE. O INIMIGO TEM COR (PRETO) E CLASSE SOCIAL (POBRE).
O ESTADO DO RIO TEM A POLICIA MAIS LETAL (5 PESSOAS EXECUTADAS PELO ESTADO POR DIA) DADOS DO ANUÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2019. MAS ENGRAÇADO É O NÚMERO DE FEMINICÍDIO ALARMANTE E MORTES PROVOCADAS POR POLICIAIS ALARMANTES EM 2019 E DADOS TOTALMENTE ENGANADORES QUE A TAXA DE HOMICÍDIOS CAIU.
Foi registrado um caso de doméstica a cada dois minutos. As Polícias mataram 6,220 pessoas, número 19,6% superior ao registrado em 2017. Homem (99,3%), negro (75,4%) e jovem entre 15 e 29 anos (77,9%) é o padrão dos mortos pelas Polícias.
Fonte: Jornal GGN

 
 

 
 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA