Morre Quino e para sempre fica Mafalda

Morre Quino e para sempre fica Mafalda

Morre Quino, criador da Mafalda

Nesta quarta (30), um dia depois de a personagem completar 56 anos desde que apareceu pela primeira vez na revista “Primera Plana”, seu criador morreu aos 88 anos.

Quem não é apaixonado pelas aventuras de Mafalda? Quem não adora ler suas tirinhas cheias de diversas e reflexão? Acho difícil encontrar alguém que não goste, não? Afinal, Mafalda é a heroína das histórias em quadrinhos escritas e desenhadas pelo cartunista argentino Quino que pode décadas e décadas vem contando e comentando o em suas facetas e nuances. As histórias, apresentando uma menina preocupada com a e a paz mundial que se rebela com o atual do mundo, apareceram de 1964 a 1973, usufruindo de uma altíssima popularidade na e Europa.

“A sopa é para a infância o que o comunismo é para a !”

“Engraçado…Quando eu fecho os olhos o mundo desaparece.”

“Deus, espero que o senhor possa ajudar a melhorar o estado da situação…Ou será que é a situação do Estado?”

“A vontade é a única coisa do mundo que quando esvazia tem que levar uma alfinetada.”

“Tudo serve para alguma coisa, mas nada serve para tudo.”

“O homem é um animal de hábito ou será que de hábito o homem não é um animal?”

“Ás vezes me pergunto se a  moderna não tem mais de moderna do que de vida.”

“Pobrezinha, fizeram de você um mero capacho para limpar os pés antes de entrar no Universo…”
– Mafalda olhando para a Lua.

“E não é que neste mundo tem cada vez mais gente e cada vez menos pessoas?”

“Sopa!”
– Para Mafalda sopa é palavrão.

“Se a vida começa aos 40, por que nascemos com tanta antecedência?”

“Porque que quando colocamos os pés no chão a brincadeira acaba?”
– Mafalda após parar o balanço.

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“Não adianta dar um ano novo para eles! Logo já vão quebrando.”

“Se o Fidel dissesse que é boa, todos diriam que a sopa é ruim!”

“O urgente nunca deixa para o importante.”

“O problema da família humana é que todos querem ser o pai.”

“Coitado.”
– Mafalda após ouvir de sua que Deus está em todos os lugares.

“Professora, todo mundo sabe que sua mãe te ama e te mima… Agora, dá para ensinar algo importante?”

“Maquiando os já para parecer o antes.”
– Após ver sua mãe.

“O País todo tá la fora esperando! O que é que eu digo? Mando sentar?”

“Se é uma questão de títulos, eu sou sua filha. E nos diplomamos no mesmo dia! Ou não?”

“Abaixo a liberdade de imprensa!”
– Após ver um de sopa.

“Já que há mundos mais evoluídos, porquê eu tive que nascer justo neste?”

“Eu poderia dizer que metade da população mundial não engordou um grama sequer por não ter o quê comer… mas a senhora precisa de um consolo, e não se passar por estúpida!”
– Mafalda após ver sua mãe chorando por estar gorda para o biquini.

“Boa noite mundo! Boa noite e até amanhã, mas fique de olho! Tem muita gente irresponsável acordada, viu?”

“Ainda bem que o mundo é um lugar bem longe daqui!”

“Este ai só fica comendo tempo e está cada vez mais magro!”
– Falando sobre o calendário.

“Ainda bem que eu acordei. Se há coisa que me deixa com raiva é gastar o inconsciente sonhando besteira.”

“Será que Deus patenteou essa idéia de manicômio redendo?”

“Às vezes vocês não se sentem um tanto indefinidos?”

“E como sempre, é só a pessoa colocar os pés na e se acaba a diversão.”

“Parem o mundo que eu quero descer”

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“Já que amarmos uns aos outros não está dando certo, porque que a gente não tenta amar os outros aos uns?”

“Por onde tem que empurrar esse país para levá-lo adiante?”

“Não é verdade que todo o tempo passado foi melhor. O que acontecia era que os que estavam na pior ainda não tinham se dado conta.”

“E se ao invés de planejar tanto a gente voasse um pouco mais alto?”

“Uma coisa é um país independente e outra um país in the pendente.”

“Cada Ministério com sua mini histeria.”

“Temos homens de princípios, uma pena que nunca os deixam passar do princípio.”

“Não é que não exista bondade, o que acontece é que está incógnita.”

 

Fonte: Nota Terapia     com Edição Xapuri

https://pt.wikiquote.org/wiki/Mafalda?fref=gc

http://www.depasseiopor.com/2015/12/frases-famosas-da-mafalda-e-seus-amigos.html

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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