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Procure o Meirelles

Procure o Meirelles –

Por: Jaime Sautchuk 

O candidato Henrique Meirelles (MDB) tem demonstrado que é bom mesmo em campanha eleitoral, mas pros outros.

A principal peça publicitária dele, por exemplo, é a melhor coisa que se vê no rádio e TV sobre as grandes realizações dos governos de Lula.

Com autoridade, desmente as falações de outros candidatos, que desembucham alhos e bugalhos sobre aquele período de nossa história recente.

Assim, Haddad e Manuela, herdeiros do líder sequestrado, nem precisariam se preocupar em falar do passado, usando o pouco tempo que têm pra falar do futuro.

Pois, pois…

Lula Hadda Manu 1

ANOTE AÍ!

Jaime pessoa

Jaime Sautchuk reside na RPPN Linda Serra dos Topázios, reserva ambiental de sua propriedade em Cristalina, Goiás. Como jornalista, trabalhou na Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo, Veja, BBC de Londres, RBS Rádios e nos jornais alternativos Opinião, Movimento. Na função de repórter, sempre tratou de temas de interesse nacional, como a ocupação da Amazônia.

Atualmente, edita a revista Xapuri Socioambiental e escreve para vários órgãos da imprensa e portais da Internet. Tem mais de uma dezena de livros publicados e atua também na produção de cinema e vídeo. É autor do projeto que criou o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado anualmente na Cidade de Goiás (GO).

Foi um dos fundadores do Núcleo de Estudos da Amazônia (NEAz), da Universidade de Brasília (UnB). Já foi agraciado com os prêmios como o Vladimir Herzog de Direitos Humanos e o Fenaj de Jornalismo. Nasceu em Santa Catarina, em 1953, mas é goiano por adoção, com títulos de cidadão honorário.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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