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SINTEGO HISTÓRIA DE LUTA

HISTÓRIA DE : UMA BIBLIOTECA ABERTA À EDUCAÇÃO BRASILEIRA

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Imagine os registros históricos da imensa luta dos e das trabalhadoras da em , desde os anos bicudos da ditadura, na década de 1970 disponíveis para a goiana e nacional…

Imagine toda a de do maior Sindicato de trabalhadores e trabalhadoras de Goiás, o SINTEGO, registrada desde 1988, data de sua fundação, até os dias de hoje, exposta em um memorial multimídia, de fácil acesso, prontinho para a consulta pública…

Pois bem, desde o dia 26 de maio, você pode acessar toda essa de  site www.sintegohistoriadeluta.org , lançado pelo SINTEGO em um memorial multimídia, para compartilhar os muitos feitos e conquistas históricas em defesa dos e das profissionais da Educação goiana.

O lançamento do Memorial SINTEGO HISTÓRIA DE LUTA ocorreu em uma emotiva cerimônia realizada no CDL, em Goiânia, noite do dia 26, em um auditório lotado. Na ocasião foi lançada a revista SINTEGO 33 ANOS, disponível em formato eletrônico no Memorial e em formato impresso na sede do SINTEGO em Goiânia.

Durante o lançamento, que também ocorreu, simultaneamente, pelas plataformas digitais, nas 36 Regionais do Sindicato, distribuídas por todo o Estado de Goiás,  foram feitas homenagens aos e às ex-presidentes do SINTEGO, bem como a profissionais da Educação que construíram, com muita luta, essa linda luta do SINTEGO em seus 33 anos de história, agora disponível no SINTEGO HISTÓRIA DE LUTA.

Site revista sintego 194
Foto: Sintego

Bia de Lima, por três vezes consecutivas eleita presidenta do SINTEGO, resumiu, durante o evento, o  sentimento da categoria: “O lançamento do nosso Memorial Multimídia e da Revista SINTEGO 30 ANOS, representam um grande marco para a história do SINTEGO. Que as gerações passadas e presentes, e as que virão depois de nós, possam sempre se orgulhar do muito que construímos, coletivamente, pela Educação em Goiás.”

#SintegoNaLutaSempre #SintegoHistoriadeLuta

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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