Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

Goiânia, vem aí o lançamento de “A Coluna Miguel Costa/Prestes em Goiás”

“A Coluna Miguel Costa/Prestes em Goiás” – Livro será lançado em Goiânia

O livro, A Coluna Miguel Costa/Prestes em Goiás, de Horieste Gomes e Francisco Montenegro, agora em segunda edição, revista e ampliada, retrata as lembranças de um (punhado de homens e ) que se aventuraram, com determinação e propósito pelo interior de um desconhecido, e que se tornou no transcurso da caminhada, de 1924 a 1927, uma autêntica epopeia (uma das três maiores marchas da , junto com  as de Alexandre, Grande e a de Mao Tse Chung).

A narrativa dos autores foge da descrição meramente tradicional, e dá ênfase a uma análise comparativa, crítica e centrada nos fatos relevantes, a exemplo do papel das fazendas para a sobrevivência da Coluna; a opção pela guerra de movimento contrapondo-se à guerra de posição; o perfil /dos comandantes revolucionários e governistas; a tática; a estratégia e a ideologia que movia os tenentes e seus opositores; os combates em Zeka Lopes  e Anápolis; e o papel significativo das mulheres no decorrer da Grande Marcha.

Por se tratar de um livro que contribui para uma melhor compreensão de parte de nossa história ainda desconhecida por muitos brasileiros, quem estiver pelos lados de Goiânia não pode perder este lançamento. Anote aí os dados do lançamento:

Dia: Quinta-feira, 8 de junho de 2017

Hora: 20 horas

Local: Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortencio – Rua 82, No 565 – Praça Cívica – Goiânia – Goiás

 

Coluna Prestes

 

Luiz Carlos Prestes (Porto Alegre, 3/1/1898 – Rio de Janeiro, 7/3/1990) foi um militar, líder político e revolucionário brasileiro. Filho de Antonio Pereira Prestes, capitão do exército, e de Leocádia Felizardo Prestes, professora primária. Com o pai morto durante sua infância, Prestes recebeu influência marcante da educação da mãe na composição de sua personalidade. Levou vida pobre, sendo educado em casa pela mãe, depois entrando para o Colégio Militar em 1909. Concluídos os estudos neste, segue na Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, atual Academia Militar das Agulhas Negras, contribuindo com o sustento da família com o seu soldo. Aluno brilhante, chegaria à patente de segundo-tenente.

?dc=5550003381;ord=1496338804861Ao tomar conhecimento das “cartas falsas” atribuídas a Artur Bernardes, começa a envolver-se em questões políticas, dedicando-se ao combate ao futuro presidente que estava sendo programado pelos militares. Já como capitão, lidera o foco da primeira revolta tenentista na região das Missões, em Santo Ângelo, no . Suas metas eram o combate à oligarquia, estabelecimento do voto secreto, e convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

Ao unir-se a um contingente paulista de militares revoltosos em Foz do Iguaçu, rompendo as linhas de defesa do governo, Prestes passa a liderar tal grupo que como outros de militares revoltosos, entre eles Miguel Costa, resolvem fazer oposição armada ao governo. O grupo formado no Paraná logo seria batizado de Coluna Miguel Costa-Prestes (popularmente Coluna Prestes), que ao longo de dois anos e cinco meses percorreu, com 1500 homens cerca de 25000 km no interior do país, passando por (na época) 13 estados brasileiros. Desgastados, os remanescentes da Coluna Prestes iriam buscar asilo na vizinha Bolívia. Deslocando-se à Argentina, é neste país, ao dedicar-se a leituras das mais diversas, é que surgirá no militar Prestes a convicção da eficácia das ideias marxista-leninistas.

Em 1931 já é comunista convicto, viajando para a União Soviética, retornando ao Brasil em 1934 com a esposa, Olga Benário, judia alemã, membro do partido comunista alemão. Os dois, sob o comando da facção Aliança Nacional Libertadora, ligada ao Partido Comunista Brasileiro, comandaria o fracassado golpe de 1935 conhecido como “Intentona Comunista”, que visava derrubar o governo de Getúlio Vargas. Prestes foi preso, sendo que sua mulher, grávida, foi deportada e entregue à Gestapo (a polícia política da Alemanha nazista), morrendo em 1942 em um campo de concentração.

Solto em meio ao processo de redemocratização, o “Cavaleiro da ” elege-se senador pelo PCB em 1945, para logo ver a cassação do registro de seu partido sob a administração Dutra, em 1947. Além disso, decretou-se sua prisão preventiva, o que o forçou a entrar para a clandestinidade. Sua prisão seria revogada em 1958 pelo presidente Kubitschek, mas, com o de 1964, novamente torna-se um clandestino. Deixa o Brasil novamente rumo à União Soviética em 1971, voltando com a anistia decretada em 1979, sendo que a partir daí, passa a se distanciar do PCB, deixando a secretaria-geral do partido em 1983, cargo que ocupou por décadas. Crendo que o PCB desviara-se do ideal marxista, seu novo partido será o PDT, legenda sob a qual pedirá votos a Brizola e a Lula nas de 1989.

Fonte: Texto de Emerson Santiago para o site Info Escola

MIGUEL COSTA

Miguel Alberto Crispim Rodrigo da Costa (Buenos Aires, 3 de dezembro de 18852 de setembro de 1959) foi um militar brasileiro, conhecido por sua participação nas Revoluções de 1924 e 1930, Revolução Constitucionalista de 1932 e notadamente na Coluna Prestes

Ainda , imigrou com a família para o Amarante fixando residência em Piracicaba. Em 7 de setembro de 1897, mudaram-se para a cidade de São Paulo, onde aos quinze anos de idade iniciou sua carreira militar na Força Pública de S. Paulo chegando em 1922 à patente de major fiscal do Regimento de Cavalaria.

Durante a Greve Geral de 1917, o então capitão de cavalaria Miguel Costa recebera ordens do governo paulista para acabar com o movimento grevista nas regiões fabris do Brás, Mooca e Belenzinho. Ao chegar nessa região, receberia uma pedrada de um grevista. Apesar desse incidente, não ordenaria a tropa revidar a agressão,e apeou do cavalo se dirigindo aos grevistas para ouvir suas reivindicações. Posteriormente intermediaria um acordo entre os grevistas e o dono de uma das fábricas.

Fontehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Costa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA