cavalos ajudam na reabilitação

Animais colaboram para a reabilitação de pessoas enfermas

Até na reabilitação, os animais de estimação fazem um bem enorme para o  ser humano. São considerados o melhor remédio para o corpo e para a alma, pois fazem com que as pessoas que os cuidam não não se sintam sozinhas e inseguras.

Há registros no de vários casos de pessoas que superaram a depressão devido ao convívio com os . Segundo Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.tur.br),  estudos científicos comprovam que a chance de sobreviver a um enfarte é quatro vezes maior para quem tem um de estimação  em casa, comparado a quem vive só.
Alguns animais são considerados excelentes para contribuir no tratamento de pessoas com deficiência.
Um deles é o cavalo, cujo tratamento, chamado equoterapia,  é indicado para o tratamento da  paralisia cerebral, do traumatismo cranioencefálico, do acidente vascular cerebral, da síndrome de Down, da esclerose múltipla, e de outras enfermidades relacionadas ao  sistema nervoso central.
O ritmo mais indicado para a terapia é o passo, pois é através dele que o cavalo pode transmitir ao paciente o balanço ântero-posterior, o lateral e o vertical, semelhante à ação de pelve humana durante a marcha. A terapia com cavalos, também estimula a orientação espacial, a autoestima e o poder de concentração.
O cão guia é treinado para conduzir com as pessoas com deficiência visual a qualquer local, sendo capaz de parar no meio fio das calçadas, nos obstáculos, inclusive em desníveis e buracos no pavimento, em estradas.
A entre o cão e seu tutor se dá por meio  de uma coleira especial que permite o reconhecimento do cão, quando ele muda de direção para evitar um acidente ou quando diminui a velocidade num local de maior cuidado, informa Vininha F.Carvalho.
O cão é treinado para analisar o espaço que ele e seu tutor ocupam para agir corretamente, como por exemplo, calcular quando o espaço é insuficiente para a passagem de seu tutor.
Entre as raças de cães utilizados para essa tarefa, estão o Retriever do Labrador e Golden Retriever, por serem cães de aparência mais dócil facilita a socialização.
Estes e outros animais, aliados a profissionais de reabilitação especializados, podem trazer muitos benefícios para e adultos com deficiências físicas, sensoriais e emocionais.
Fonte: Del Valle Editoria

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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