V Fórum África Rede Emunde

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🅰🅾VIVO 06/06 19h🔴V FÓRUM ÁFRICA REDE EMUNDE👩🏾‍🦱👩🏿‍🤝‍👩🏾@RADIOTVREPENSAR®📺 Clique no botão para se inscrever no canal. Ative o sininho das notificações e receba um alerta assim que algum novo conteúdo for publicado! Canal no YouTube

Nessa terça-feira, dia 06/06 às 19h🔴V FÓRUM ÁFRICA REDE EMUNDEna TV Afro Turismo👩🏾‍🦱👩🏿‍🤝‍👩🏾@RADIOTVREPENSAR®📺comando de Edson Costa, Coordenador da REDE EMUNDE. Coordenação técnica Leonardo Bastos, Gestor Ambiental, Petroleiro, Digital Influencer, Administrador e Produtor da TV&Rádio Repensar®. EDSON SANTOS COSTA (Bahia) também é Gestor Público, consultor no de Redes de , Turismo e Empreendedorismo, palestrante de Turismo Étnico Afro e Empreendedorismo Étnico e Idealizador da Rede EMUNDE – Rede Mundial de Empreendedorismo Étnico. Participantes: Mama Yama – Pesquisadora e Guardiã da Rota do Alonso – Equador – Afroturismo e Afroempreendeirismo. Eslin Mata é da Cúpula Nacional Afro-Venezuelana, faz parte do Programa de e Cultura da cúpula nacional. Pai Alex de Kabila, é Sacerdote Tradicional do Culto Bantu (Kongo/Angola). Presidente do Colegiado Permanente das Religiões de Matriz Africana – SFC. Enfermeiro de Formação, Epecialista em Gestão Ocupacional e do Trabalhador. Militante nas Questões que envolvem o Enfrentamento as Práticas do Religioso no território Franciscano. Entusiasta Afro Religioso na Diáspora, atuante no fortalecimento da cultura ancestral do e em São Francisco do Conde Defensor da legitimidade da Cultural dos Pova e Comunidades Tradicionais de Terreiro e seu Legado Ancestral. Silvar Ferreira Ribeiro , Dr em Difusão do conhecimento, adjunto da UNEB Camaçari, Coordenador do PPGDC UNEB. Fidelia Antônia Casas Cuesta Nasci em San Antonio de Padua, Vigía del Fuerte, Antioquia, Colômbia Profissão: Professora Atualmente desenvolvo meu projeto de como empreendedora, a Culinária Terapia como alternativa para administrar as emoções e encontrar harmonia na Cozinha Ancestral

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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