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30 ovos de dinossauro foram desenterrados na Espanha

30 ovos de dinossauro de 66 milhões de anos foram desenterrados na Espanha

Os achados estavam encrustados dentro de uma enorme rocha

Por Ingredi Brunat, sob supervisão de Pamela Malva/Aventuras na História
 
Na Espanha, uma equipe de pesquisadores espanhóis, portugueses e alemães extraiu um total de 30 ovos de dinossauro de rochas presentes em um sítio arqueológico. O achado foi feito na província de Huesca, região que fica no nordeste do país.
 
Fotografia do primeiro ovo a ser retirado da pedra
Fotografia do primeiro ovo a ser retirado da pedra – Divulgação/ Universidade de Saragoça
A escavação começou em 2020 e a análise dos fósseis terminou no último mês de setembro, conforme informações repercutidas pela Newsweek. O achado foi datado de 66 milhões de anos atrás, do Período Cretáceo. 
As conclusões iniciais da pesquisa apontam que os ovos pertenciam a um saurópode de pescoço longo, uma espécie herbívora que gerou alguns dos maiores dinossauros que já viveram na Terra — com indivíduos que podiam alcançar incríveis 66 metros de altura. 
sauropodes
Ilustração mostrando algumas espécies de saurópodes / Crédito: Divulgação/ Scientific American/ Raúl Martín

 

No total, cinco pessoas dedicaram oito horas por dia durante 50 dias para escavar o ninho, que finalmente foi removido com a ajuda de uma escavadeira”, relatou Moreno-Azanza, que participou da pesquisa, a respeito do processo de escavação realizado em 2020. 

Os cientistas envolvidos na descoberta acreditam ainda que existem aproximadamente outros 70 ovos dentro das rochas do mesmo sítio arqueológico. Felizmente, o projeto deles recebeu os subsídios necessários para os próximos três anos, de forma que esse processo de extração dos fósseis terá continuidade. 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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