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Parabéns, Lula, o Presidente campeão de votos

Parabéns, Lula, o Presidente campeão de votos

Parabéns, Lula, o Presidente campeão de votos

Pela terceira e única vez na , Lula foi eleito presidente no segundo turno das presidenciais, no dia 30 de outubro, com mais de 60 milhões de votos…

Por Bia de Lima e Ludmylla Morais

Apuradas as urnas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, o que corresponde a 50,90% dos votos válidos, contra 49,10% do inominável que ocupou o Palácio do Planalto nos últimos 4 anos e, por vontade do povo brasileiro, foi o primeiro presidente da República a perder uma disputa pela reeleição no exercício do mandato.

Dessa forma, com uma diferença de mais de 2 milhões de votos, o presidente mais votado em toda a história da brasileira assume o poder pela terceira vez em 1 de janeiro de 2023. Lula ganhou as eleições também em 2002 e em 2006. 

Esta é a quinta vez que o PT ganha as eleições presidenciais desde a redemocratização do país, depois do longo período de (1964-1985). , a primeira e única mulher presidenta do , ganhou as eleições em 2010 e em 2014. 

A vitória de Lula, na noite do dia 30 de outubro, foi celebrada no Brasil e no mundo inteiro: Ao parabenizar nosso presidente eleito menos de uma hora depois da vitória de Lula, Joe Biden, presidente dos , postou mensagem no Twitter dizendo que “está ansioso para trabalhar junto”. Outros líderes mundiais de todos os continentes, celebraram com Lula, incluindo o presidente da Argentina, que veio a no dia seguinte, especialmente para abraçar o amigo Lula. 

Da mesma forma, no Brasil as principais autoridades do país, a começar pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, da STF, Rosa Weber e do TSE, Alexandre de Moraes, parabenizaram nosso presidente. Também no Twitter, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu: “Parabéns Lula pela vitória. Venceu a democracia, venceu o Brasil”. 

E em entrevista à imprensa na noite da vitória a senadora Simone Tebet (MDB-MS) também fez uma postagem parabenizando Lula. A postagem no Twitter diz: “As urnas falaram, venceu a democracia e a verdade”.

Daqui do coração do Brasil, celebramos à do presidente chileno, Gabriel Boric: “Lula. Alegria!” 

 

Bia de Lima – Presidenta licenciada do SINTEGO. Estadual eleita pelo PT Goiás.

Ludmylla Morais – Presidenta em exercício do SINTEGO. 

https://xapuri.info/elizabeth-teixeira-resistente-da-luta-camponesa/

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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