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“O que deu errado na perseguição a Lula é que ele é inocente”

“O que deu errado na perseguição a Lula é que ele é inocente”

Em entrevista concedida para a TV 247, a advogada do ex-presidente Valeska Teixeira Zanin Martins comentou as arbitrariedades e injustiças cometidas na investigação

Por: Paulo Pinto/ PT

A advogada de defesa de Lula Valeska Teixeira Martins Zanin concedeu uma entrevista, nesta segunda-feira (8), para o canal do ex-senadorLindbergh Farias (PT) e da ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), e destacou a perseguição política ao ex-presidente. “Depois de toda essa investigação, eles tinham certeza de que encontrariam algo, mas não acharam nada. O que deu errado nessa perseguição toda é que o Lula é inocente”, declarou Valeska.
Ao longo do programa ‘À ', transmitido pela TV 247, a advogada lembrou ainda que nenhuma prova foi apresentada até hoje. O ex-senador do PT destacou as manifestações por  pelo país e em outros países do mundo todo, durante o fim de semana. “O clima de injustiça era muito grande”. O ex-parlamentar acredita, entretanto, que está claro para a população que houve um golpe articulado e que a cassação do mandato de , a prisão do Lula e a eleição de Jair Bolsonaro fazem parte do mesmo processo.
Valeska, por sua vez, apontou que o processo de investigação do Lula foi marcado por arbitrariedades e grosseiras violações dos . “Aquele PowerPoint induz à presunção de culpa, sem nenhuma prova”, lembrou a advogada, referindo-se ao episódio em que o procurador Deltan Dallagnol apresentou uma peça na qual acusava Lula, sem nenhuma prova, de ser o comandante da uma organização criminosa. “Eles fazem um grande show”, completou ela.
“É a mentira predominando. Vivemos um momento de muita intolerância, é isso que vem sendo cultivado”, comentou Vanessa. “Isso tem nome, é fascismo”, completou Lindbergh. Para o ex-senador, Lula é um problema para as elites nacionais, porque tinha um projeto de país para o povo. Na entrevista, ele conta que esteve com Lula e que o ex-presidente afirmou saber disso. “Eu sei porque estou preso, é porque fiz pelos pobres”, declarou o ex-presidente, de acordo com Lindbergh.
Valeska declarou que, ao menos desde 2016, a defesa entendeu que a Lava Jato estava promovendo uma perseguição ao ex-presidente, com o objetivo de deslegitimar o projeto político que ele defende e apagar sua trajetória de líder popular. Cientes das irregularidades e da politização do processo, os advogados recorreram à Organização das Nações Unidas (ONU) para denunciar as violações de direitos humanos.
Além das Cortes Internacionais, a defesa também apresentou recursos às Cortes Superiores (STJ e STF), para que seja afastada a condenação imposta por Moro e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a Lula e para que ele seja colocado em liberdade.
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Valeska Martins, advogada de defesa do ex-

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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