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Da nação corinthiana para o presidente xawara: Nós somos seu pior pesadelo!

Da nação corinthiana para o presidente xawara: Nós somos seu pior pesadelo!

Você  está  certo Bolsonaro: historicamente nós somos seus opositores, porque a História ninguém muda. A nossa é de LUTA. E é um imenso prazer sermos seus opositores. Mas não para por aí: nós já somos seu pior pesadelo.

Carta dos Corinhtianos a Jair Bolsonaro

Tens razão, Jair Bolsonaro: o Corinthians é oposição a você.

O Corinthians foi fundado por operários, esses que você e sua turma estão roubando os direitos mais básicos como a aposentadoria e a dignidade.

O Corinthians foi o primeiro clube paulista a aceitar negros em seu elenco, os negros que você manda pesar por arroba como se fossem bois.
O Corinthians foi o primeiro clube no Brasil a ter uma mulher presidentA, essas que você trata como vagabunda, fraquejada e ser humano inferior.
A torcida do Corinthians foi a primeira a apoiar a Anistia e a falar em Democracia quando o país vivia uma plena ditadura. Isso mesmo, DITADURA! Aquele terror mesmo que gente sem caráter como você apóia até hoje, exaltando assassino e torturador, chamando golpe de Revolução.
O Corinthians nasceu de um sentimento popular. Surgiu para enfrentar clube de elite e vencê-los, um a um, dentro do campo. Sim, há uma questão de classe. E viemos para derrotar essa mesma elite que hoje lhe bajula por interesses próprios e mesquinhos.
O Corinthians sempre foi o time da festa, da Democracia, da Revolução, da Luta, da VIRADA!
Presta atenção, Bolsonaro: somos totalmente o oposto de você, que ganha eleição com facada mentirosa, com _fakenews_, pregando divisão do povo brasileiro, fazendo uso espúrio até da fé da nossa gente.
Enquanto outros clubes queriam se isolar em colônias, o Corinthians sempre recebeu bem todas elas, do carroceiro espanhol ao alfaiate italiano.
Recebemos de braços abertos o nordestino que veio a São Paulo e se sentiu acolhido no meio da Fiel. Somos o time com o maior número de torcedores nordestinos do Brasil. Com orgulho!
Queremos conosco aquele refugiado africano, árabe, haitiano ou latino-americano que sobreviveu a mais uma luta pela vida e decidiu empunhar orgulhoso nosso manto sagrado. Refugiados que você chamou de escória.
Jair Bolsonaro, ainda que você tenha votos entre alguns de nossos torcedores e torcedoras, explicamos: eles e elas ainda não compreenderam a real dimensão e os valores do que é o Corinthians.
Enfim, você está certo Bolsonaro: historicamente nós somos seus opositores, porque a História ninguém muda. A nossa é de LUTA.
E é um imenso prazer sermos seus opositores. Mas não para por aí: nós já somos seu pior pesadelo.
#VaiCORINTHIANS!
#FORAbolsonaro, presidente minúsculo.
Nota da Redação: Este texto circula amplamente na internet. A imagem de Sócrates desta capa não traz o crédito do autor. Se alguém souber, por gentileza nos informar para o devido reconhecimento. Xawara é uma palavra que o povo Yanomami usa para qualificar o ser abjeto que ocupa a presidência da República: uma pessoa de pensamento doente. 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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